Com salário médio mensal de R$ 3.032,65, Presidente Figueiredo (a 125,5 km de Manaus) é o município que paga o valor mais alto aos trabalhadores de empresas privadas, uma vez que a região metropolitana de Manaus possui uma forte agroindústria e indústria de exploração mineral do Amazonas.
A afirmação é da diretoria de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que divulgou, esta semana, informações relativas às Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2019. A média de Presidente Figueiredo é 8% maior, na comparação com Manaus onde o salário mensal médio é de R$ 2.802,32.
De acordo com o supervisor de Disseminação de Informações do IBGE, Adjalma Jaques, as unidades do Amazonas, cresceram mais de 10% entre os anos de 2018 e 2019, enquanto Manaus, cresceu 2,9%.
“Com relação ao número de pessoal assalariado, sócios e proprietários, o Estado teve o maior desempenho da região Norte”, destaca Jaques.
Considerando as atividades econômicas, segundo a pesquisa, o Amazonas foi o Estado em que, entre todos, houve um crescimento em 2019. A única exceção foi os organismos nacionais que mantiveram a mesma quantidade entre os dois anos.
Ranking
No tocante às empresas e as unidades locais, o Estado mantém-se como a segunda potência econômica da região Norte. Itacoatiara, Parintins e Manacapuru foram os municípios que apresentaram mais unidades empresariais. Embora Parintins tenha perdido unidades no período.
Quanto ao número de pessoas ocupadas nesses municípios formalmente constituídos, Manaus, Itacoatiara, Coari e Manacapuru foi o quarteto com o maior número de trabalhadores.
Salário médio mensal: a pesquisa revelou que o Amazonas ocupa a terceira posição, atrás dos Estados do Amapá e Roraima, que lideram esse ranking na região em função do maior número de trabalhadores ligados ao serviço público.
Saiba mais sobre a CEMPRE
A pesquisa apresenta um panorama geral das empresas e outras organizações formais ativas no País, suas variáveis econômicas de pessoal ocupado e salários no ano em comparação com o ano anterior, e a sua evolução no período de 2007 a 2019.
As informações estão reunidas segundo atividade econômica, natureza jurídica, faixas de pessoal ocupado assalariado e distribuição geográfica, além de recortes por sexo e nível de escolaridade.
A publicação conta ainda, pela primeira vez, com estatísticas de comércio exterior, apresentando a participação no CEMPRE do número de empresas exportadoras/importadoras e do seu pessoal ocupado assalariado, segundo a atividade econômica e o porte.
Esta edição também incorporou registros administrativos oriundos do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial, instituído pelo Decreto no 8.373, de 11 de dezembro de 2014 e que estão substituindo gradativamente a RAIS e o CAGED_1.
Com essa substituição, a partir do ano de referência de 2019, o critério de seleção de unidades ativas precisou ser ajustado, em função de 2 (duas) informações que constam no questionário da RAIS deixarem de existir no eSocial, são elas, o número de sócios e proprietários que exercem atividades em suas empresas; e o indicador de atividade que identifica se o estabelecimento exerceu sua atividade principal no ano de referência.
A falta dessas duas informações provenientes do eSocial fez com que todos os estabelecimentos oriundos desta fonte fossem selecionados como unidades ativas, o que pode, portanto, contribuir para um maior número de empresas. Em relação ao critério de seleção das unidades ativas das publicações anteriores, essa é a única mudança.
Por Jefter Guerra/PNN