Malocas Jungle Lodge promove conexão com a natureza há quase 30 anos, em Rio Preto da Eva

Foto: Marivaldo Junior

Maloca é uma grande habitação onde vivem, harmoniosamente, várias famílias indígenas. Pois é esse o objetivo do Malocas Jungle Lodge, em Rio Preto da Eva, receber hóspedes que busquem uma harmonia entre o espírito e a natureza, coisa que a humanidade vem perdendo rapidamente nos últimos tempos.

“Nós propomos um distanciamento da sociedade materialista hiperconectada e oferecemos uma conexão com a natureza”, falou Marinilda Mota Gode, proprietária do lodge.

O Malocas é um dos hotéis de selva pioneiros do Amazonas. No próximo ano o empreendimento completará 30 anos, localizado às margens do rio Preto da Eva. Em 2010 o Malocas foi o primeiro hotel de selva a implementar o Sistema de Segurança, certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Oito anos depois, em 2018, também foi o primeiro hotel do Estado a instalar o Sistema de Sustentabilidade.

“Não temos nada de especial, de chique, ou de luxo. Simplesmente nós priorizamos a natureza. Só recebemos hóspedes que busquem um contato mais íntimo com a natureza, que não queiram ouvir outro tipo de ruído além do canto dos pássaros, o som dos animais da floresta, do vento nas folhas das árvores, da chuva caindo, das águas do rio Preto correndo”, disse.

“O ser humano não percebe, mas ele precisa da natureza. Nós nos energizamos quando entramos na floresta, ‘ouvimos’ o silêncio, sentimos o perfume das árvores”, assegurou.

Marinilda pede a quem for se hospedar no Malocas que deixe celulares para trás e se desconecte dos problemas do mundo.

Tapiocas de Rio Preto

A cidade de Rio Preto da Eva já é bem conhecida dos manauaras. Devido à beleza do rio de águas escuras, que banha a cidade, desembocado do paraná da Eva, além da proximidade com Manaus, a apenas 78 km de distância, na AM 010 (Manaus/Itacoatiara), se tornou um ‘point’ de fim de semana. O que muita gente não sabe é que além desse balneário, e de outros que se espalham pela cidade (Gonzagão, 3 Irmãos, Água Verde, Agripino, Apoema, do Mota, do Goga), Rio Preto da Eva possui belas cachoeiras (do Cabeludo, do Carequinha, do Fole, do Jarbas, do Sorval, do Jacaré), sem falar das tapiocas. O costume dos manauaras de comer tapioca pode ter surgido em Rio Preto da Eva, cujo Café Regional da Priscila, desde a década de 1980 começou servindo suculentas tapiocas, na beira da estrada, para quem passava pela AM 010 rumo a Itacoatiara, Silves e Itapiranga. Até hoje o estabelecimento continua lá. A estrada, agora, é a via principal da cidade.

A cidade, que chega a receber mais de 100 mil visitantes num final de semana ensolarado ou com grandes shows no balneário, conta com uma boa estrutura para receber quem vai até o local para se divertir com cafés regionais, restaurantes, bares, lanchonetes e pizzarias, hotéis e pousadas, inclusive algumas onde se pode praticar a pesca esportiva.Malocas Jungle Lodge

É da cidade, e de voadeira, que se parte para o Malocas, de dois pontos distintos: do próprio balneário do rio Preto, ou a partir da Pousada Ariramba, também de propriedade de Marinilda. O ramal que segue até a Ariramba fica no lado direito, de quem vai de Manaus, ao lado do posto de gasolina, pouco antes da rodoviária. O ramal está asfaltado, com alguns buracos, e a pousada fica localizada no km 12, do lado esquerdo. Possui cinco suítes, campo de futebol, quadra de areia, piscina e, quem for seguir para a Malocas, é o local ideal para deixar o carro estacionado.

O tempo que quiser

A viagem até o Malocas já é uma aventura. Demora cerca de 1h30 pelo Rio Preto cercado por uma floresta praticamente intocada e cheio de curvas como numa pista de carros de corrida. O rio é excelente para a pesca.

O lodge fica numa encosta, mas na grande enchente deste ano as águas chegaram bem perto de suas instalações localizadas num bonito areal. Do lado esquerdo fica a cabana da Lua de Mel, rústica, como o nome sugere, ideal para casais. Mais adiante, um pequeno redário, sem paredes, coberto com palhas. Ao fundo, como grandes ocas, o restaurante e o bar. O contato mais direto com a natureza fica numa das doze suítes construídas todas numa mesma maloca. Elas estão localizadas numa área mais afastada, em meio às árvores. O entorno é formado pela legítima floresta amazônica.

“No Malocas o hóspede fica o tempo que quiser, com café da manhã, almoço e jantar. Entre as atividades ecológicas: caminhada na selva com Mateus, um autêntico indígena do povo uanana, do alto rio Negro e visita às cachoeiras do Sorval e do Jacaré. À noite fazemos focagem de jacarés e observação de pássaros noturnos”, falou Marinilda.

Quem quiser conhecer o jungle lodge antes de visitá-lo pode dar uma olhada no Face e Instagram: Malocas Jungle Lodge, ou ligar para e solicitar informações: (92) 9 9128-4741. No Malocas não tem energia e nem internet. É viver como viviam nossos antepassados indígenas, porém, com uma ducha de chuveiro e uma cama macia.

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