ExxonMobil afirmou nesta terça (1º) que vai tomar medidas para interromper as suas operações em Sakhalin-1 e não fará novos investimentos na Rússia. A empresa tem negócios no país há mais de duas décadas.
“A ExxonMobil apoia o povo da Ucrânia enquanto ele busca defender sua liberdade e determinar seu próprio futuro como nação. Lamentamos a ação militar da Rússia que viola a integridade territorial da Ucrânia e coloca em perigo seu povo”, diz.
ExxonMobil também diz que não investirá no desenvolvimento de novos projetos na Rússia.
“Entristece-nos profundamente a perda de vidas inocentes e apoiamos a forte resposta internacional. Estamos cumprindo plenamente com todas as sanções”.
A ExxonMobil opera Sakhalin-1, um polo de produção offshore, infraestrutura de exportação de óleo, gás natural e gás natural liquefeito (GNL) no Extremo Leste da Rússia.
Os investimentos no projeto são da ordem de US$ 26 bilhões nos últimos 25 anos.
Sakhalin-1: ExxonMobil opera um dos maiores projetos na Rússia
A ExxonMobil opera Sakhalin-1, em um consórcio internacional de empresas japonesas, indianas e russas.
A operação é feita por meio da Exxon Neftegas, uma subsidiária da ExxonMobil. As sócias são duas afiliadas da Rosneft – RN-Astra (8,5%) e Sakhalinmorneftegaz-Shelf (11,5%); consórcio japonês Sodeco tem uma participação de 30%; ONGC Videsh e Corporação de Petróleo e Gás Natural da Índia detém 20%.
O Sodeco – Sakhalin Oil and Gas Development – tem participação do governo do Japão e empresas privadas: Japan Petroleum Exploration, Japan National Oil Corp, Itochu Corp e Marubeni Corp.
“O Sakhalin-1, operado pela Exxon Neftegas, é um dos maiores investimentos diretos internacionais na Rússia e um excelente exemplo de como tecnologias avançadas estão sendo aplicadas para enfrentar os desafios da crescente demanda mundial de energia”, diz o site do projeto.
“Como operador do Sakhalin-1, temos a obrigação de garantir a segurança das pessoas, a proteção do meio ambiente e a integridade das operações. Nosso papel como operador vai além de um investimento de capital”, diz a ExxonMobil.
A empresa não informou uma data prevista para deixar o projeto, nem qual será a estratégia, por exemplo, se venderá sua fatia de 30%.
“O processo para descontinuar as operações precisará ser cuidadosamente gerenciado e estreitamente coordenado com os sócios, a fim de garantir que seja executado com segurança”.
Por epr