Em breve, você não vai mais utilizar senhas; saiba o porquê

Outros métodos de autenticação já são mais seguros e fáceis de usar do que as famosas senhas alfanuméricas - Foto: Unsplash/NeONBRAND

Vazamentos de dados têm se tornado cada vez mais comuns, e muitos deles incluem senhas de diversos serviços da internet. Além disso, a recente e ampla adoção do home office tem tornado os ataques cibernéticos mais frequentes. Esses são alguns dos fatores que fazem especialistas em cibersegurança afirmarem que senhas alfanuméricas estão obsoletas.

Um desses especialistas é Nycholas Szucko, chairman da empresa de cibersegurança Blockbit. Nycholas é um dos que acredita em um mundo “passwordless”, ou seja, sem senhas. Ele explica que, atualmente, os usuários que querem proteger a privacidade precisam apostar em senhas fortes e que, ao mesmo tempo, sejam fáceis de memorizar.

Isso pode dar um certo trabalho que parece não compensar, já que o cibercrime está cada vez mais especializado. “Mesmo com essa complexidade toda, os atacantes conseguem adivinhar as senhas dos usuários”, afirma.

É hora de abandonar as senhas?

Em alguns anos, projeta o mercado, as senhas alfanuméricas devem ser substituídas por padrões de desenhos, reconhecimento facial e autenticação biométrica. Nycholas conta que, atualmente, já dá para usar bem menos as senhas, sobretudo no âmbito empresarial. Para isso, é necessário usar dispositivos que permitam o cadastro de biometria para acessar os mais variados serviços.

Isso não significa que já é possível abandonar as senhas por completo, sobretudo na vida pessoal, com tantos aplicativos e redes sociais. Mas há uma maneira de tornar as senhas mais seguras, que é inserir o duplo fator de autenticação.

Essa dica é uma das principais para proteger seus dados na internet, e muitas redes sociais já oferecem essa função. O duplo fator nada mais é do que uma camada extra de proteção, que exige, geralmente, uma autenticação por SMS que não envolve senhas. Assim, mesmo que sua senha tenha vazado, os cibercriminosos ainda não vão conseguir acessar seus serviços.

Senhas existirão no futuro?

A tendência é que, em um futuro próximo, esse tipo de autenticação substitua, de fato, as senhas alfanuméricas. Mesmo que o cibercrime evolua junto com a cibersegurança, essas outras formas de autenticação devem proteger a privacidade dos internautas.

Nycholas explica que, sim, os golpistas vão aprimorando as técnicas de ataques. Ou seja, se ele consegue a senha se uma pessoa e ela tem um duplo fator de autenticação ativado naquele serviço, ele pode se esforçar um pouco mais para conseguir também burlar esse duplo fator – algo que já acontece na clonagem do WhatsApp. Mas chega um momento, explica o especialista, que não compensa para o cibercrime investir em técnicas que não vão resultar em tanto retorno financeiro.

Por isso, além do duplo fator, o especialista aconselha que outras medidas “básicas” sejam tomadas para a proteção online. A atualização constante de aplicativos e sistemas operacionais é uma delas, já que as empresas corrigem com frequência falhas de segurança. Além disso, manter um bom antivírus instalado e, no caso de empresas, criptografar dados e treinar os funcionários é essencial.

“Fazendo esse básico bem feito, eu estou aumentando tijolinhos no meu muro. Com certeza o atacante está aumentando a vara dele. Mas vai chegar uma hora que ele vai falar: ‘poxa, mas para quê eu vou aumentar tanto a minha vara se eu não tenho esse retorno financeiro?'”, comenta.

Nycholas acredita que, conforme todas as empresas e pessoas forem evoluindo na proteção de dados e adicionando mais camadas de segurança, as senhas alfanuméricas deixarão de fazer sentido em alguns anos. Ainda assim, garante ele, “você vai conseguir estar bem protegido”.

Fonte: https://tecnologia.ig.com.br/2021-06-26/fim-senhas-passwordless.html

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