O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caiu 2,34% nesta quarta-feira (18), encerrando aos 106.247,15 pontos, após cinco sessões consecutivas de alta. É a maior queda diária em quase duas semanas, desde de maio (-2,81%).
O dólar fechou em alta, mas ainda se manteve abaixo de R$ 5, à medida que o humor externo se deteriorou sobremaneira pelo retorno de temores inflacionários e seus impactos sobre política monetária e economia globais.
A moeda norte-americana subiu 0,8%, vendida a R$ 4,983.
A sessão de hoje foi considerada por investidores como menos favorável a risco nas praças financeiras internacionais, o que valorizou a moeda norte-americana.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Exterior fica mais arisco
A recuperação do dólar, após fechar ontem em baixa de 2,15%, acompanhou algum fortalecimento da divisa frente a pares do real, como peso mexicano e rand sul-africano, contra os quais chegou a cair mais cedo. O índice do dólar ante uma cesta de divisas de países ricos acelerava os ganhos para 0,3%, a caminho de quebrar uma série de três dias de perdas.
O mercado ainda operava impactado pelas declarações feitas na véspera pelo chefe do banco central norte-americano, Jerome Powell. Apesar de ter endossado que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) subirá os juros para onde for necessário para combater a inflação, Powell evitou sinalizar movimentos mais acentuados.
“Por mais uma vez, Powell tenta corrigir o que foi considerado o ‘desastre’ do discurso pós-reunião do Fomc [Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês] e busca demonstrar um movimento supostamente coordenado de todos os membros, em torno de uma elevação de 50 pontos-base nas próximas reuniões de política monetária”, disse Jason Vieira, economista-chefe e sócio da Infinity Asset, avaliando que o ritmo de 50 pontos-base é “relativamente lento”, considerando quão “atrás da curva” o Fed está.
Fonte: https://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2022/05/18/fechamento-dolar-bolsa-18-maio.htm