O jornal Clarín informou no começo da tarde desta quarta-feira que Diego Armando Maradona morreu após um mal súbito. O astro, que marcou época defendendo a seleção argentina e o Boca Juniors, não teria resistido a parada uma parada cardiorrespiratória, segundo a publicação.
No início de novembro, Maradona deu entrada em um hospital para a drenagem de uma pequena hemorragia no cérebro. Ele recebeu alta no último dia 11, após o médico Leopoldo Luque confessar que o ex-jogador pediu várias vezes para deixar a clínica. O jogador se recuperava da cirurgia em casa depois de ter apresentado sintomas de abstinência. A cirurgia foi considerada simples, mas havia preocupação com as condições do ex-atleta.
Em recente entrevista ao Yahoo Esportes, o neurocirurgião disse que foi ele quem convenceu Maradona, que também chama de “amigo”, a ir para o hospital em 31 de outubro, um dia após completar 60 anos. Luque o encontrou abatido, prostrado na cama e a reclamar de dores no corpo. Os rumores são que Maradona estava deprimido. O médico não confirma isso. Uma tomografia revelou que ele tinha um hematoma interno na cabeça e tinha de passar por cirurgia.
“Diego me disse que não bateu a cabeça ou teve qualquer choque. Perguntei várias vezes. Não é algo tão incomum assim um hematoma interno provocado por qualquer batida sem gravidade, tão leve que a pessoa não se lembra. Mas era necessário fazer a cirurgia. Não era delicada ou grave, mas nunca é simples uma intervenção em que é preciso abrir a cabeça de um homem de 60 anos de idade”, avalia.
Carreira brilhante
Nascido em 30 de outubro de 1960, viveu a infância em Villa Fiorito, bairro muito pobre da periferia da capital argentina.
Quando tinha 15 anos, conseguiu um lugar no futebol profissional jogando no Argentino Juniors.
No ano seguinte, já estreou na seleção nacional. O atleta foi o jogador mais jovem da história a vestir a camisa da Argentina
Em 1978, quando todos pensavam que iria ser convocado para a Copa que foi realizada em seu país, o treinador Cesar Luis Menotti não o chamou, o que lhe rendeu muitas críticas ao longo dos anos.
Em 1979 Maradona venceu o Mundial Sub-21. Em 1981 migrou para o Boca Juniors e lá venceu o seu primeiro título nacional.
Em 1986, na Copa do México, cravou seu nome na história do futebol mundial, quando liderou a Argentina para o bicampeonato mundial.
Foi lá que marcou seus gols mais famosos: o polêmico a ‘mão de Deus’ e o mais bonito da história das Copas do Mundo, ambos contra a Inglaterra nas quartas de final (2-1).
Ainda pela seleção, chorou de raiva ao receber a medalha de vice-campeão na Copa do Mundo da Itália-1990, perdendo para a Alemanha.
Fonte: G1/Yahoo