Dia Mundial do Chocolate: saiba a diferença entre os tipos e como é a produção de cacau no Brasil

País é o 7º maior produtor mundial da fruta, que é uma importante fonte renda para a agricultura familiar. Brasil produz 250 mil toneladas de cacau por ano

Chocolate ao leite é o que faz mais sucesso entre os brasileiros e o amargo é considerado mais saudável — Foto: Divulgação

O Brasil é o 7º maior produtor mundial de cacau, fruta de onde vem o ingrediente de um dos alimentos mais apreciados ao redor do planeta: o chocolate, que comemora o seu dia nesta quarta-feira (7). Antes do Brasil, estão a Costa do Marfim, Gana, Equador, Camarões, Nigéria e Indonésia.

Em território nacional, os principais estados produtores são a Bahia e o Pará, que têm investido em novas práticas para aumentar a qualidade do cacau.

O alimento é uma importante fonte de renda para os agricultores familiares: dos mais de 70 mil produtores, a maioria (70%) está em pequenas propriedades, segundo o Ministério da Agricultura.

Das mãos desses agricultores, saem as sementes do cacau que, nas indústrias, são misturadas a diversas outras substâncias, como açúcar, leite e gorduras, dando origem a diversos tipos de chocolates.

Chocolate branco, ao leite, meio amargo e amargo — Foto: Karoline Barbierotti

Para aproveitar bem esse dia e saber qual escolher, veja as principais diferenças entre cada um deles:

    • Chocolate branco: é feito a partir da mistura da manteiga de cacau com outros ingredientes, como leite em pó e açúcar;
    • Chocolate ao leite: tem cerca de 30% de cacau em sua composição;
    • Chocolate amargo: 60% ou mais de cacau;
    • Chocolate meio amargo: cerca de 50% de cacau.

Desses, o chocolate ao leite é o que faz mais sucesso entre os brasileiros. Ele possui mais gordura e açúcar do que o amargo, mas menos do que o branco.

“É uma opção intermediária [entre o amargo e o branco]. Mas, apesar de ter uma certa concentração de cacau, um dos principais ingredientes do chocolate ao leite é o próprio leite, tanto integral como em pó”, diz Neiva Souza, nutricionista e doutoranda em neurologia e neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os chocolates amargos, por sua vez, precisam ter, no mínimo, 50% de cacau em sua composição e são considerados mais saudáveis na comparação com o ao leite e branco.

“Quando falamos dos benefícios do cacau, ele precisa estar disponibilizado em maior quantidade no chocolate. Para o alimento se tornar funcional, saudável, é necessário ser composto por 70% a 90% de cacau”, afirma a nutricionista Daniela Cierro Ros, da Asbran.

Ao ingerir o chocolate amargo, portanto, o consumidor tem uma maior chance de tirar proveito das propriedades anti-flamatórias e antioxidantes do cacau, que é rico em vitaminas do complexo B e minerais, como o magnésio e potássio.

Já o chocolate branco possui gordura hidrogenada extraído da manteiga de cacau.

“O chocolate branco contém mais açúcar, mais leite e mais gorduras do que os demais tipos e não tem uma quantidade expressiva de cacau puro. […] Por conta dessa composição é mais calórico e, dentre as opções, seria o menos saudável”, afirma Neiva, da Unifesp.

Produção de cacau

Brasil produz 250 mil toneladas de cacau por ano — Foto: Pablo Merchán Montes/Unplash

Por ano, o Brasil produz 250 mil toneladas de cacau e a expectativa do governo é de que o país amplie em 60 mil toneladas nos próximos quatros anos, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura.

Investimentos têm sido feito para melhorar a qualidade do alimento. Na Bahia, por exemplo, tem sido implementado um sistema de produção do cacau chamado Cabruca, que é quando o fruto é cultivado debaixo das árvores da Mata Atlântica.

O Brasil, atualmente, tem uma capacidade de processar 275 mil toneladas de cacau, segundo a Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). A exportação anual chega a cerca de 50 mil toneladas de derivados para diversos países, como Argentina e Estados Unidos.

Por G1

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