Defensoria orienta sobre combate à violência contra a mulher em panfletagem na zona Sul de Manaus

Ação faz parte da campanha de enfrentamento à violência contra mulheres, em suas diversas formas, “O silêncio machuca. Denuncie!”, promovida pela DPE-AM em alusão ao "Agosto Lilás"

Fotos: Clóvis Miranda/DPE-AM

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) promoveu na manhã desta sexta-feira (27), uma panfletagem para alertar sobre a necessidade de combater à violência contra a mulher e divulgar informações sobre a rede especializada de proteção e contatos para denúncias. A ação foi realizada na avenida Presidente Kennedy, no bairro Colônia Oliveira Machado, na Zona Sul, em frente ao Núcleo de Promoção e Defesa da Mulher da Defensoria (Nudem/DPE-AM).

A iniciativa faz parte da campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres, em suas diversas formas, intitulada “O silêncio machuca. Denuncie!”, promovida pela Defensoria em alusão ao “Agosto Lilás”, movimento de conscientização pelo fim da violência contra a mulher.  A ação também reforça a Lei Federal nº 11.340/2006, Lei Maria da Penha, que completou 15 anos no último dia 7 e cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

 

O material distribuído à população contém exemplos de violência doméstica e familiar, contatos para assistência jurídica gratuita, bem como para realizar denúncias e receber apoio emergencial.

“Precisamos cada vez mais intensificar ações pelo fim da violência contra a mulher, mostrar que existe uma rede de apoio e proteção e divulgar os contatos para realizar denúncias. Precisamos também encorajar a mulher vítima de violência a romper com o ciclo de abusos. Na ação de panfletagem de hoje abordamos ônibus, comerciantes, pedestres e motoristas para falar que a violência doméstica e familiar é uma triste realidade e que o silêncio mata. Destacamos que é preciso combater as diversas formas de violência contra a mulher e que todos podem contribuir para essa mudança”, ressaltou a defensora pública Carol Braz, coordenadora Nudem.

A professora Nonata Cerquinho, 53, foi vítima de violência doméstica durante anos em um relacionamento abusivo e conta que conseguiu romper com aquela realidade quando buscou apoio no Centro Estadual de Referência e Apoio a Mulher (Cream), onde funciona o Nudem. Hoje, ela difunde iniciativas que incentivem denúncias por vítimas ou testemunhas de violência contra a mulher.

“Sou professora e chegava na escola toda ‘quebrada’. Certa vez fui trabalhar e os meus alunos viram as marcas no meu corpo e, como reação, começaram a chorar. A diretora soube e disse que, naquele dia, eu precisava tirar uma licença porque visivelmente não estava bem. Consegui sair dessa vida quando procurei apoio na rede de proteção. Hoje incentivo mulheres a fazerem o mesmo e sempre que posso faço esse alerta nas escolas onde trabalho. Ações como a da Defensoria, que levem informação, são importantes porque, às vezes, a mulher vítima de violência só precisa de uma orientação e esse passo pode ser um dos números telefônicos informados no panfleto que recebi hoje”, destacou.

Vídeos alertam para tipos de violência

Entre as ações da campanha realizadas este mês está uma série de vídeos com o intuito de conscientizar a população sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher. Os vídeos podem ser conferidos em uma playlist no canal da Defensoria no YouTube https://bit.ly/oSilencioMachuca  e também no perfil da DPE-AM, na rede social Instagram (@defensoria.am).

A série apresenta cinco vídeos com a participação de defensoras públicas que atuam na capital e polos do interior do Estado. Em cada vídeo, as defensoras abordam um diferente tipo de violência doméstica e familiar contra a mulher previsto na Lei Maria da Penha.

Entre os tipos de violência estão a física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Esses tipos de violência são explicados pelas defensoras públicas Ana Laura Migliavacca, Mariana Silva, Yaskara Chavier, Camila Campos e Carol Braz.

Mulheres vítimas de violência podem procurar atendimento da Defensoria no Núcleo de Defesa da Mulher, por meio de chamada telefônica no número (92) 98427-1138 e pelo aplicativo Telegram (92) 98417-3249.

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