De ideia criativa a negócio inovador

Manart é um dos projetos do Centelha 1, apoiado pelo Governo do Amazonas e Finep

Anna Lôyde, coordenadora do projeto Manart - Foto: Érico Xavier/Fapeam

O sonho de tirar uma ideia do papel e transformá-la em um empreendimento de sucesso tem se tornado realidade no Amazonas, graças ao apoio do Governo do Estado, que tem possibilitado o primeiro impulso para novos empreendedores. Um projeto apoiado neste sentido é a Galeria Virtual Manart, que recebe fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa Centelha Edital Nº 011/2019, e une o conceito de arte e cultura amazônica à economia criativa, dando visibilidade aos artistas visuais da cidade de Manaus.

Na galeria, as obras de artes são aplicadas em produtos exclusivos como camisetas, cadernetas, máscaras de proteção, canecas e acessórios. Além da produção de material dos artistas e divulgação em plataformas digitais também são realizados eventos culturais. A galeria física fica localizada dentro do Centro Cultural Povos da Amazônia, bairro Crespo, zona sul.

Segundo a coordenadora do projeto, Anna Lôyde, a Manart é uma galeria inovadora, com um conceito fundamentado no design, considerada referência na cidade no meio artístico. Outro resultado significativo foi a implementação do espaço físico, em menos de um ano.

Foto: Érico Xavier/Fapeam

“Prezamos pela qualidade dos produtos e na exclusividade do design das estampas, das imagens, das fotografias, dos filmes, e de toda comunicação visual do artista e da galeria. A Manart é uma verdadeira revolução no conceito de galeria de arte”, ressaltou.

A Manart surgiu, inicialmente, como um projeto de mestrado idealizado pela designer, entre os anos 2017 e 2019, mas foi apenas em 2020, ainda na pandemia, que em parceria com a sua irmã, a artista visual Hadna Abreu, ela conseguiu, de fato, transformar a ideia em um empreendimento.

O primeiro passo para a oficialização do negócio se deu por meio da abertura da empresa, em sociedade com a equipe inscrita, no Programa Centelha Amazonas.

“Conseguimos adquirir equipamentos para o funcionamento do negócio e também a contratação de profissionais essenciais para os primeiros meses de criação da empresa”, destacou.

Atualmente, 13 obras de artistas que trabalham com a temática Amazônica estão disponíveis na galeria como do Turenko Beça, Hadna Abreu, Rui Machado, Otoni Mesquita, Priscila Pinto, Francimar Barbosa, Rubens Bélem, Marieta (Nádja Khristina), Jair Jacqmont, Jandr Reis, Rakel Caminha, Arab Amazon e Eliana Chaves.

“Disseminamos e tornamos acessível o contato com a cultura amazônica, por meio da comercialização desses produtos, desenvolvendo assim, uma economia criativa que investe na geração de renda extra para o artista, por meio do licenciamento das suas obras para comercialização em forma de produtos, criando um sistema colaborativo entre arte e design, que alcança toda uma cadeia de produção econômica, que vai desde o fornecedor até o consumidor final”, destacou.

Para Anna, diversos aspectos definem a importância da Manart não só para o artista que é diretamente beneficiado, com a comissão dos produtos que carregam sua arte, mas também aos consumidores do produto. “Os próprios manauaras são o público que mais consome nossos produtos. Isso gera uma valorização da arte e da cultura, além de tornar conhecidos esses artistas e a própria cultura amazônica. Todos têm em comum o desejo de poder levar um pedaço da Amazônia consigo para qualquer lugar”, destacou.

Inscrições abertas

Foto: Érico Xavier/Fapeam

O Programa Centelha Amazonas 2 recebe até o dia 19 de maio a submissão de propostas. O edital realizado pelo Governo do Amazonas via Fapeam, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), proporciona o primeiro impulso para quem quer empreender no Amazonas, por meio da concessão de recursos de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis), capacitação e suporte para os novos empreendedores.

Com investimento de R$ 3 milhões, o Centelha 2 visa impulsionar o empreendedorismo de base tecnológica no Amazonas e a geração de empresas de base tecnológicas, a partir da transformação de ideias inovadoras em empreendimentos que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos estratégicos do estado do Amazonas.

Na segunda edição, serão apoiados 50 projetos inovadores, com até R$ 60 mil cada, além da concessão de bolsas de fomento tecnológico e extensão inovadora, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), até o valor máximo de R$ 26 mil por projeto.

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