Chef Juliana Faingluz assume a cozinha do restaurante Marimari

Chef Juliana Faingluz - Foto: Divulgação

Ingredientes e sabores amazônicos com técnicas internacionais. Culinária variada com um toque autoral. Essa é a proposta do restaurante Marimari, localizado no Pátio Gourmet, em Manaus, capital amazonense. Agora, à frente da cozinha está a experiente chef gaúcha Juliana Faingluz (ex-Maní, DOM, La Brasserie Erick Jacquin, em São Paulo, e internacional, nos premiados Quique Dacosta, El Celler de Can Roca e Hotel Maher, na Espanha). Juliana aposta na churrasqueira como grande estrela do menu. Do braseiro, às vistas do cliente, saem, na hora, peixes de rio amazônicos (tambaqui, pirarucu, tucunaré, pacu), cortes especiais de carne e também legumes tostados. Uma marca da chef no Kith, restaurante do qual foi sócia em São Paulo, e que ganhou o selo Bib Gourmand do Guia Michelin, também por ter os assados como coração da casa e do menu.

Matrinxã assado em braseiro recheado com farofa provençal: peixes da Amazônia, criações da chef Juliana Faingluz, no restaurante Marimari – Foto: Sara Rangel

Com uma incrível diversidade de peixes de rio e ingredientes exclusivos, a culinária manauara mostra suas diferenças em relação a outras cidades da região Norte. Reúne a tradição local de raízes indígenas, criações europeias e africanas, além de componentes levados pelos imigrantes japoneses, libaneses, italianos, entre outros, assim como pelos nordestinos que migraram para a região na época do ciclo da borracha. O menu do Marimari traduz toda essa efervescência cultural. “A culinária amazonense é, talvez, a mais nacional das cozinhas brasileiras. A culinária da Amazônia, a praticada no Pará e mais especificamente em Belém, ficou mais conhecida no resto do país e internacionalmente. Senti que faltava divulgar as peculiaridades da cozinha de Manaus, por isso vim para cá, para ajudar nesse processo”, explica a chef Juliana Faingluz. Além da cozinha do Marimari, Juliana assina também os menus da rotisserie e da padaria do Pátio Gourmet. “A culinária paulistana sofreu demais com a crise do coronavírus e não via mais em São Paulo o espaço para a experimentação que Manaus tem hoje”, complementa.

Nesse desafio, a chef teve o cuidado de aliar ingredientes frescos e locais com um toque de contemporaneidade no Marimari. Para começar, no almoço, pastrami caseiro (feito com o peito e da costela do boi) servido com picles e mostarda Dijon ou a salada de grão de bico com pirarucu (o bacalhau da Amazônia), focaccias e pães artesanais. Aqui e ali, pratos que evidenciam raízes indígenas, como a farinha de Uarini, a pratos internacionais, como massas frescas da casa, como capellini com creme de parmesão trufado ou o cavatelli com molho pomodoro e camarões na brasa com limão siciliano. O peixe amazônico matrinxã é assado e servido com farofa provençal, com ervas da região. Nas sobremesas, clássicos da confeitaria reinventados, como o cone de chocolate com sorvete de cupuaçu e nibs de cacau selvagem, mil-folhas de cumaru, no lugar da baunilha, ou macarons de cacau, taperebá e cupuaçu. No jantar, à la carte, que em breve inaugurará no Marimari, a chef reúne pesquisa de ingredientes locais a técnicas internacionais e prevê homenagens até aos vizinhos venezuelanos, com as versáteis arepas (pães feitos com milho moído).  Para harmonizar, refrescos com ingredientes locais, como soft-drink de camu-camu, uma deliciosa e supersaudável fruta local, chopes artesanais e uma ampla carta de vinhos da Enoteca Pátio Gourmet com 600 rótulos, sob o comando do sommelier Alexsander de Oliveira (ex-Grupo Troisgros, no Rio de Janeiro, e prêmio de Sommelier do ano, em 2015, pela revista Prazeres da Mesa).

A chef gaúcha Juliana Faingluz (ex-Maní, DOM, La Brasserie Erick Jacquin, Kith, em São Paulo, e internacional, nos premiados Quique Dacosta, El Celler de Can Roca e Hotel Maher, na Espanha) assume a cozinha, rotisserie e padaria do grupo Marimari, em Manaus: técnicas internacionais, ingredientes locais e a churrasqueira como estrela do menu.

O Marimari oferece, num único espaço, uma experiência gastronômica completa. Em sistema de bufê com uma grande bancada gourmet, há estações de entradas, grãos, molhos, queijos e charcutaria; saladas; acompanhamentos quentes e frios; massas frescas e o braseiro, com peixes locais e cortes especiais de carne. Além disso, ilha com sushiman e também forno de pizzas ao estilo napolitano, individuais. O diferencial é a massa, de preparo artesanal, com fermentação longa e natural de 48 horas. Dentre as inovações da chef para o menu de pizzas, destacam-se: Hit Marimari (molho de tomate, parmesão faixa azul e pimenta preta moída na hora) e Nossa Marinara (molho de tomate, alho laminado, azeite de oliva extravirgem e folhas de manjericão). De massa finíssima, virou um hit não só do delivery e do take away na pandemia, mas também do almoço.

Décor

Unindo rusticidade e modernidade, o Marimari tem projeto assinado pela arquiteta Danielle Sarmento. O salão tem janelões de 6 metros de altura e um grande jardim vertical. Com materiais sustentáveis e que traduzem um pouco do artesanato local, as colunas do restaurante são feitas com madeira de demolição, sobras usadas na construção de embarcações da região. Chamam a atenção, ainda, a churrasqueira, o forno de assar pizza e a adega climatizada. As louças exclusivas foram desenhadas pela ceramista Lúcia Eid, da Olaria Paulistana. Todos os guardanapos do restaurante são bordados a mão por mulheres rendeiras de cooperativas. Além da beleza e qualidade das peças, a proposta é fomentar o empoderamento feminino e a geração de empregos.

Mil-folhas, ícone da confeitaria francesa, com cumaru, a baunilha da Amazônia: novidade no menu da chef Juliana Faingluz – Foto: Sara Rangel

Amplo, arejado e com pé direito altíssimo, o restaurante tem, também na arquitetura, um ponto positivo para quem quer evitar aglomerações e ambientes fechados em tempos de pandemia. O protocolo de higiene e combate à pandemia de Covid-19 também inclui: reorganização das mesas, ampliando o distanciamento físico; instalação de placas de acrílico na área do caixa e  dispensers com álcool em gel em vários pontos da casa. Garçons e atendentes usam máscaras e luvas. Para os clientes também há luvas à disposição. As louças do restaurante são higienizadas e embaladas separadamente. No bufê, o cliente escolhe a carne, peixe ou fruto do mar de sua preferência e ele é assado na hora e entregue à mesa.

Marimari, mari ou umari é fruto em vagem típico da Amazônia. A árvore de marimari é exuberante e sobressai em meio à floresta alagada. E traduz um pouco da proposta também do restaurante, ser local, mas também cosmopolita. Restaurante que tem de tudo – seja pelo menu, seja pela beleza do lugar – para se tornar um hotspot em Manaus, à medida que a vacinação avance e que o turismo pós-pandemia vá sendo retomado no país. Culinária de raiz, mas sem fronteiras.

Marimari Restaurante l Pátio Gourmet

    • www.patiogourmet.com.br
    • Endereço: Av. Via Láctea, 825
    • Morada do Sol – Manaus– AM – CEP: 69057-065
    • Tel.  92 99104-2648
    • Não aceita reservas. Delivery pelo iFood e retirada no local (take away).
    • Email: [email protected]
    • Capacidade: 100 lugares.
    • Horário de funcionamento:
    • Todos os dias, inclusive feriados, das 11h30 às 15 horas.
    • CC:  Todos.
    • CD: Todos.
    • Não aceita cheques.
    • Menu executivo: R$ 119 (o quilo). Sobremesas à parte.
    • Tem ar-condicionado e acesso wi-fi.
    • Possui 06 cadeirões para bebês.
    • Possui fraldário.
    • Possui acesso e banheiro adaptado para deficientes físicos.
    • Possui estacionamento gratuito para clientes.
    • Permite levar seu próprio vinho.
    • Não cobra pelo serviço de rolha.
    • Possui uma enoteca com 600 rótulos.
    • Facebook: /marimarirestaurante
    • Instagram: @marimari_manaus
    • Aberto em: 09/08/2019

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