Atividade empresarial dos EUA contrai em julho pela 1ª vez em 2 anos, mostra PMI

Declínio do PMI em julho marcou a quarta queda mensal consecutiva e foi ditado em grande parte pela pronunciada fraqueza no setor de serviços

Produção industrial dos EUA ficou abaixo do esperado - Foto: Ralph Orlowski/Reuters

A atividade empresarial dos Estados Unidos teve contração pela primeira vez em quase dois anos em julho, com uma forte desaceleração no setor de serviços compensando o crescimento modesto e contínuo na manufatura, pintando um quadro sombrio para uma economia atrofiada por inflação elevada, juros crescentes e deterioração da confiança do consumidor.

A S&P Global disse nesta sexta-feira (22) que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) preliminar composto para os EUA caiu muito mais do que o esperado neste mês, para 47,5, contra leitura final de 52,3 em junho.

Como uma leitura abaixo de 50 indica contração na atividade empresarial, esse é um desdobramento que provavelmente alimentará um debate acalorado sobre se a economia dos EUA está de volta a — ou perto de — uma recessão, depois de ter se recuperado acentuadamente em relação à desaceleração observada no início de 2020, em meio à pandemia de Covid-19.

O declínio do PMI em julho marcou a quarta queda mensal consecutiva e foi ditado em grande parte pela pronunciada fraqueza no setor de serviços, cujo índice caiu para seu menor patamar desde maio de 2020, a 47,0, ante 52,7 no mês anterior.

Isso foi suficiente para compensar a relativa estabilidade na manufatura, cujo índice recuou a 52,3, de 52,7 anteriormente, indicando manutenção do crescimento no setor, embora ao ritmo mais fraco desde julho de 2020.

Economistas consultados pela Reuters estimavam leitura de 52,6 para o setor de serviços e de 52,0 para o índice de manufatura.

“Os dados preliminares do PMI para julho apontam uma deterioração preocupante na economia”, disse o economista-chefe para empresas da S&P Global, Chris Williamson, em comunicado.

“Excluindo os meses de lockdown pandêmico, a produção está caindo a uma taxa não vista desde 2009, em meio à crise financeira global”.

Por Reuters

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