Asteroide explode sobre o Amazonas com energia de 95 toneladas de dinamite

Um asteroide atingiu a Terra no último domingo (3) e explodiu sobre o Amazonas com energia equivalente a 95 toneladas de dinamite. As informações são da NASA e da BRAMON, a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, que recebeu relatos de uma grande bola de fogo vista na região de Tefé, cidade central do estado a 523 km da capital Manaus – a menos de uma hora de avião e ou 12h de barco.

Segundo a BRAMON, o evento observado em Tefé foi tão energético que gerou um intenso flash de luz que foi percebido pelo satélite GOES-16, a 32 mil km de altitude (ver foto acima).

O GOES-16 tem um sistema de mapeamento de relâmpagos que detecta os flashes gerados por eles durante as tempestades. Eventualmente ele também detecta os flashes causados pela passagem atmosférica de pequenos asteroides, como foi o caso deste impacto observado no Amazonas.

O governo americano gerencia uma rede internacional de sensores de infrassom criada para detectar explosões nucleares na superfície da Terra. Entretanto, a maioria dos eventos detectados por essa rede são de impactos de pequenos asteroides em nossa atmosfera.

E justamente na noite deste domingo, às 21:30 (horário de Brasília, 20h30 local), os sensores dessa rede detectaram uma grande explosão próxima a Tefé.

De acordo com os dados da NASA, o asteroide atingiu nossa atmosfera a 71 mil km/h, com energia equivalente a 95 toneladas de dinamite. Segundo a BRAMON, isso equivale ao impacto de um asteroide com cerca de 1 metro e 2 toneladas de massa.

Apesar de ser um evento bastante energético, impactos desta magnitude não representam risco algum para a população em solo. Graças à nossa atmosfera, asteroides deste tamanho são, em grande parte, vaporizados bem acima do solo. Os fragmentos que eventualmente resistem à passagem atmosférica, chegam ao solo inofensivos, com tamanho e velocidade bem reduzidas.

Saiba mais

O meteoro é um fenômeno luminoso que ocorre quando um fragmento de rocha espacial atinge a atmosfera em altíssima velocidade, provocando o aquecimento e a ionização dos gases atmosféricos. Quando isso acontece, o gás aquecido e ionizado gera uma bolha de plasma que brilha intensamente ao mesmo tempo em que vaporiza a rocha espacial de fora para dentro.

Na maior parte dos meteoros, a rocha espacial é completamente vaporizada na passagem atmosférica. Entretanto, algumas vezes a rocha é grande o suficiente para atingir as camadas mais baixas e densas da atmosfera. Nesses casos, além de formar uma bola de fogo mais espetacular, o meteoro geralmente termina com um evento explosivo. Esse tipo de meteoro também é chamado de bólido.

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