A Desintegração do Sistema e a Equação de mão dupla

Foto: Reprodução | NASA

Não é a incidência de todos estes fenômenos caóticos no planeta o que está entrando como coisa singular em nosso momento, porque de fato sempre houve todas estas coisas… mas o curto espaço de tempo em que elas estão acontecendo, quase que simultaneamente. Isso sim é o aspecto que demonstra uma grande singularidade no momento da Terra.

Se a Terra fosse (e é) um ser vivo, vamos dar uma comparação. Suponha que você tenha uma gripe hoje, e pegue uma dengue depois de 6 meses, e algumas outras doenças ao longo dos anos, como todos nós temos. Mas suponha que você tenha muitas doenças e acometimentos de saúde em uma única semana. Saberá que seu corpo físico não está bem e que pode estar com uma coisa mais grave, que o leve a morte.

Com o processo da Terra está parecido. Ela sempre foi vítima de vulcões, terremotos, asteróides e meteoros. Mas não na incidência em tão curto espaço de tempo. Isso acusa a entropia, ou, no caso daquele corpo, falência múltipla dos órgãos.

Não só a onda dos bólidos incandescentes, parece que estamos na era da aceleração entrópica do sistema (Terra), dentro da qual a desordem se tornou regra. Dentro da Teoria dos sistemas cósmicos, uma Era de Caos (Desordem) se intercala entre duas eras de Cosmos (Ordem), marcando a transição de um sistema velho para um novo sistema, exatamente como ocorre com as estrelas. Uma estrela velha pode explodir, é um cosmos que termina, e ela lançará poeira estelar no espaço. Essa poeira é o caos do sistema. Mas dele brota um novo cosmos, uma nova estrela.

Essa desordem factual de eventos na Terra parece enquadrar na mesma situação, uma era de caos onde a regra é a desordem, intercalando duas eras de Cosmos ou Ordem, a que era antes e a que virá a seguir.

Na verdade, o que ocorre na Terra, dentro da Teoria dos Sistemas, é uma progressão do caos dentro da regressão do cosmos. Nem mesmo o cosmos antigo regride, ele apenas se renova.

Regredir daria um sentido de voltar para trás, ao cosmos antigo, o que não existe de fato no Universo. Seria admitir o tempo negativo.

Como uma balança, um prato se eleva enquanto o outro abaixa, simultaneamente. Um único fenômeno com duas extremidades, por assim dizer. É como evocar E=mc2, uma equação com duas implicações dentro do sistema.

Se a matéria se cria, a energia é absorvida, mas se a matéria se dissolve, a energia é liberada. Assim fica melhor de entender. A regra do caos é a dissolução. A regra do cosmos, a criação. Mas nunca podemos separar uma coisa da outra, da mesma forma como nunca podemos separar matéria de energia. Caos e cosmos são as duas direções da equação bilateral.

Pode ser mesmo numa reação química. Seria uma amostra, em escala atômica-molecular, do processo envolvendo sistemas macro. Mas no caso de uma reação, não sei se funciona comparar que um lado seja o da ordem, e o outro, o da desordem.

Talvez seja melhor entender a ordem como as substâncias estabilizadas, e a desordem, como as mesmas substâncias em transição. Então o cosmos seria os dois lados da equação, as substâncias estáveis, e o caos, o “meio” da equação, enquanto elas transitam para um lado ou para o outro.

Seria isso, até no gancho da teoria fractal do Universo, a Terra, como sistema macro, assumiria comportamento semelhante ao da matéria em escala micro.

Afinal, as leis da entropia, grau e velocidade de desordem, caos e cosmos, síntese e dissolução, operam em todas as escalas no espaço-tempo, e podemos tirar algumas idéias por analogia e comparação, tendo que E=mc2 vale tanto para a desintegração de um átomo como para a explosão de uma estrela.

Seria uma forma de entender os fenômenos dentro de um comportamento sistemático (sistemas), replicando-se nas dimensões e escalas de tamanho. Tudo o que é matéria e energia é colhido por esse modus operandi, dentro de ciclos fechados com repetições rigorosamente cronometradas.

Imaginemos que o real dispensador das leis da Física seja o Espaço-tempo, e que a matéria e a energia, e suas disposições, apenas obedecem seus comandos, e por trás deste Espaço-tempo, além da própria realidade conhecida, se estabelecem matrizes inteligentes articulando tudo.

Achamos que E=mc2 ainda é um oráculo da Física com muitas sentenças não lidas, e interpretações por fazer. Pensemos que Einstein tinha a chave do Universo nas mãos e não se deu conta. Não é à toa que esta equação foi chamada de A Mais Bela da Física. Está quase na categoria de Teoria de Tudo.

Um verdadeiro Código Universal. Interessante seria saber como os extraterrestres lidam com a nossa Física. E o que eles teriam a nos dizer sobre E=mc2 e outro monte de coisas.

Mas, se a Entropia mede o grau de irreversibilidade de um sistema, estamos certos de que esse grau entrópico da Terra, tanto no aspecto físico como social, aumenta a cada dia. E isso tudo não está mais sendo dito por profecias, mas pelos melhores oráculos da ciência.

Fonte: Site Tô no Cosmos

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