Casa Dourada convoca a Pan-Amazônia para 30 atos de cultura e ação climática

Entre 10 e 20 de novembro, no Marco Zero de Belém, o Psica reúne painéis sobre cidades e juventudes, mostra de cinema, oficinas, encontros e quatro exposições

Foto: Divulgação

A Casa Dourada, que é o centro cultural permanente criado pelo Festival Psica no Marco Zero de Belém, anuncia sua programação especial para a COP30, com cerca de 30 atividades entre 10 e 20 de novembro. O espaço se firma como um polo independente de pensamento crítico e criativo sobre clima, cultura e Amazônia, propondo um legado que ultrapassa os limites da conferência da ONU.

Durante os dias da COP, o casarão histórico receberá lideranças indígenas, coletivos periféricos, pesquisadores, artistas, representantes de territórios ribeirinhos, quilombolas e movimentos juvenis urbanos para refletir sobre justiça climática, bioeconomia, ancestralidade, cidades, tecnologia, dados, financiamento climático e o papel da cultura como vetor de transformação socioambiental.

“A Casa Dourada não é uma casa para a COP, é uma casa para a Amazônia”, afirma Jeft Dias, diretor do Instituto Psica. “Criamos um espaço permanente para que saberes, vozes e soluções daqui não apareçam apenas como vitrine eventual, mas sigam comandando o debate.”

O espaço é sede do recém-lançado Instituto Psica e tem patrocínio da Open Society Foundations, Instituto Heineken e Mercado Livre, apoio institucional da World Climate Foundation e do ICCI; apoio do ICS; e realização do Instituto Psica, Impact Beyond e Ministério da Cultura. A casa terá capacidade para receber mais de mil pessoas por dia, com programações que conectam cultura, clima, juventudes, inovação, sociobioeconomia e justiça social.

“Unir clima e cultura é estratégico. É pela cultura que muita gente chega ao debate ambiental”, reforça Gerson Dias, também diretor do Instituto Psica. “Quem é do Norte sabe: natureza e cultura são inseparáveis.”

A programação também abrigará quatro exposições: “Daquilo que coexiste”, com curadoria do artista Eder Oliveira; “Realidade aumentada” de Gruta de Kamukuwaká; “Jogo murukutu – a floresta corpo-território”, desenvolvido por Salve Games, em parceria com a Feira Preta e a ABRINJOR; e “Caruru — Ecos e saberes dos territórios guianeses”, realizado por coletivo de artistas guianeses.

A programação reúne rodas de conversa com lideranças indígenas, quilombolas e ribeirinhas; painéis sobre cidades, favelas, juventudes e financiamento climático; a mostra audiovisual Cinealter; oficinas de línguas indígenas e de projetos para comunidades; performances culturais e musicais; além de jantares e encontros de articulação com organizações nacionais e internacionais.

“Tem uma COP atravessando a Amazônia ancestral”, conclui Jeft. “É importante participarmos desse debate não só com festa, mas amplificando a sabedoria milenar dos povos. A Casa Dourada chega como essa encruzilhada de águas que confluem para Belém.”

A Casa Dourada chega ao mundo com patrocínio da Open Society Foundations, Instituto Heineken e Mercado Livre; apoio institucional da World Climate Foundation e do ICCI; apoio do ICS; e realização do Instituto Psica, Impact Beyond e Ministério da Cultura.

Serviço

  • Período: 10 a 20 de novembro
  • Local: Casa DouradaMarco Zero, Belém (PA)
  • Horários: 9h às 21h

Programação completa

  • 10/11 (segunda-feira)
    • 15h – 16h | Painel “Circularidade em ação – parcerias para transformar a indústria de bens de consumo”
    • 16h – 17h | Resiliência hídrica e competitividade sustentável: inovação e governança para o futuro
    • 18h – 19h30 | Apresentação “Zek Picoteiro e seus afluentes”
  • 12/11 (quarta-feira)
    • 20h – 21h | JAM Psica na Casa Dourada
  • 13/11 (quinta-feira)
    • 9h30 – 10h30 | Painel “Arte digital a serviço da memória e cosmovisão amazônica”
    • 11h – 12h | Painel “Retratos das enchentes: cidades, dados e justiça climática”
  • 14/11 (sexta-feira)
    • 8h – 9h | Painel “Descarbonizar o âmbito 3 através da colaboração e de soluções práticas”
    • 9h – 10h | Painel “Aprendizados sobre direitos territoriais”
    • 10h30 – 12h | Painel “Autonomia territorial e financiamento climático pela Aliança dos Povos da Floresta
  • 15/11 (sábado)
    • 11h – 12h | Roda de conversa “Caruru — Ecos e saberes dos territórios guianeses”
    • 14h – 15h | Painel “Financiamento climático de base: recursos que fazem a diferença nos territórios”
    • 15h30 – 18h | Mostra audiovisual “Cinealter e Foz Streaming: narrativas audiovisuais como manifesto para um futuro ancestral na Amazônia
    • 18h30 – 20h | Performance “Rizombanza: arte, resistência e raízes da periferia”
    • 20h – 21h | JAM Psica na Casa Dourada
  • 17/11 (segunda-feira)
    • 11h – 12h | Painel “Rainha das matas e os saberes das populações ribeirinhas”
    • 14h – 17h | Oficina “Introdução às línguas indígenas”
    • 18h – 19h | Roda de conversa “Imersão no repertório de cultura popular frente às mudanças climáticas”
    • 19h30 – 21h | JAM Psica na Casa Dourada
  • 18/11 (terça-feira)
    • 15h30 – 16h30 | Roda de conversa, lançamento do minidoc “O desafio dos bumbás”
    • 17h – 18h | Roda de conversa “JacundayLab — tecnologias ancestrais quilombolas frente à crise climática”
    • 18h30 – 20h | Cultura Ballroom: saberes ancestrais amazônicos + JAM Ballroom
    • 20h – 21h | JAM Psica na Casa Dourada
  • 19/11 (quarta-feira)
    • 15h30 – 17h | Roda de conversa “Terra+: nossa disputa pelo futuro”
    • 17h30 – 18h30 | Painel “Gateway das periferias”
  • 20/11 (quinta-feira)
    • 16h – 17h | Painel “Confluências negras pelo clima: diáspora, resistência e justiça climática”
    • 19h – 20h | Espetáculo “Os falsos do Carimbó apresentam: Sakidila – o pulso vive de uma Amazônia negra e quilombola”
    • 20h – 21h | JAM Psica na Casa Dourada

Imersões

  • 9h – 19h | Exposição | de 10/11/2025 até 31/01/2026 | “Daquilo que coexiste”. Curadoria: Eder Oliveira
  • 9h – 19h | Experiência | 13 e 15/11 | “Realidade aumentada”. Curadoria: Gruta de Kamukuwaká
  • 9h – 19h | Experiência | de 13 a 20/11 | “Jogo murukutu – a floresta corpo-território”
  • 9h – 19h | Exposição | de 14 a 20/11 | “Caruru: ecos e saberes dos territórios guianeses”

Assessoria de comunicação: Maria Eduarda Santos

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.