MPAM cobra melhorias operacionais na delegacia de Amaturá

Recomendação foi expedida pela 1ª Promotoria de Justiça do município, visando maior eficácia e segurança nas operações

Delegacia em região fluvial opera com armamento defasado - Foto: Divulgação/MPAM

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Amaturá, busca garantir melhores condições operacionais para os agentes da 49ª Delegacia Interativa de Polícia Civil (DIP) do município. Para isso, emitiu a Recomendação nº 003/2025, propondo um levantamento técnico e a destinação de armamentos mais adequados para a atuação da unidade.

Assinada pela promotora de Justiça Suelen Shirley Rodrigues da Silva Oliveira, a recomendação foi encaminhada à Delegacia-Geral de Polícia Civil do Estado do Amazonas e ao Departamento de Polícia do Interior da PC-AM, com solicitação de providências concretas em até 90 dias. Dentre os itens recomendados, estão o envio de fuzis de maior alcance e precisão, com calibres .556 NATO ou .762, além do fornecimento regular de munições compatíveis e capacitação técnica para os agentes.

Inadequação do armamento atual e riscos envolvidos

De acordo com a promotora Suelen Shirley, a medida leva em consideração as características geográficas e operacionais da região. “Essa medida considera as peculiaridades da cidade de Amaturá, que se encontra em região fronteiriça e tem todas as comunidades acessíveis apenas pela via fluvial, o que demonstra a necessidade de armamentos mais adequados para a região. A inadequação do armamento atual compromete a eficácia das operações policiais e coloca em risco tanto os agentes quanto a população”, declarou.

Atualmente, a 49ª DIP de Amaturá dispõe apenas de espingardas calibre 12, um armamento de curto alcance que não atende às demandas de precisão e segurança exigidas para operações mais complexas. A situação preocupa o MPAM, que exerce o controle externo da atividade policial e tem como missão zelar pelo efetivo funcionamento dos serviços públicos de segurança.

Além da aquisição de novos armamentos, a recomendação também solicita a implantação de um cronograma de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, bem como o compartilhamento de informações sobre as medidas adotadas em até 30 dias, incluindo cronogramas detalhados de execução.

Por Sofia Lourenço

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