TikTok promete fornecer mais transparência a pesquisadores

Novas medidas visam “melhorar a facilidade de acesso a dados públicos e anônimos sobre conteúdo e atividade na plataforma”

Foto: Flavia Correia

TikTok afirmou que compartilhará mais dados com alguns pesquisadores para que eles possam auxiliar no estudo do impacto do aplicativo de vídeo na sociedade e de seus laços com a China.

Ainda este ano, a empresa fornecerá a “pesquisadores selecionados” acesso à sua API, ou à interface de programação do aplicativo, informou a diretora de operações do TikTok, Vanessa Pappas, em um post no blog na quarta-feira (27).

A medida visa “melhorar a facilidade de acesso a dados públicos e anônimos sobre conteúdo e atividade em nossa plataforma”, acrescentou Vanessa.

A empresa também está desenvolvendo uma ferramenta para dar aos pesquisadores uma “maneira eficaz de avaliar nossos sistemas de moderação de conteúdo e examinar o conteúdo existente disponível em nossa plataforma”.

Em breve, os cientistas também poderão enviar suas próprias postagens para ver como diferentes tipos de conteúdo são permitidos, rejeitados ou passados ​​aos moderadores para avaliação posterior.

Além disso, o TikTok prometeu expandir seus relatórios de transparência com informações sobre “combater operações de influência secreta”, de acordo com Vanessa.

Essas informações serão incluídas em documentos trimestrais de aplicação das diretrizes de comunidade da empresa.

“Sabemos que apenas dizer ‘confie em nós’ não é suficiente”, disse Vanessa. “É por isso que há muito tempo fizemos um importante compromisso com a transparência, principalmente quando se trata de como moderamos e recomendamos conteúdo.”

Outras empresas de mídias sociais também se comprometeram recentemente a aumentar a transparência para os pesquisadores.

Meta, controladora do Facebook, divulgou em maio que compartilharia mais detalhes com pesquisadores sobre como os anúncios políticos e sociais são direcionados aos usuários na plataforma.

O último anúncio do TikTok ocorre em meio ao recomeço de um processo de análise dos impactos da plataforma e de sua empresa-mãe, a ByteDance, com sede na China.

Na terça-feira, o Buzzfeed News informou que ex-funcionários do TikTok alegaram que a empresa colocou conteúdo pró-China em seu aplicativo de notícias dos Estados Unidos, agora extinto.

ByteDance negou as acusações.

No mês passado, o Buzzfeed News também informou que alguns dados de usuários dos EUA foram acessados ​​repetidamente da China.

O TikTok disse anteriormente à CNN que “mantém consistentemente os seus engenheiros em locais fora dos EUA, incluindo a China, e que eles podem ter acesso aos dados de usuários estadunidenses conforme necessário”.

Um executivo do TikTok testemunhou em uma audiência no Senado no ano passado que não compartilha informações com o governo chinês.

As notícias chamaram a atenção de reguladores e legisladores.

No mês passado, um membro da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dobrou os pedidos para a Apple e o Google removerem o TikTok de suas lojas de aplicativos, citando preocupações de segurança nacional e referenciando os relatórios do Buzzfeed.

A FCC, no entanto, não desempenha nenhum papel na regulação das lojas de aplicativos.

No início deste mês, os legisladores do Comitê de Inteligência do Senado também pediram uma investigação da Comissão Federal de Comércio sobre o TikTok, citando igualmente relatórios recentes de que a empresa controladora chinesa do TikTok havia acessado dados de usuários dos EUA.

O TikTok anunciou recentemente que agora processa todos os dados de usuários dos EUA em servidores de nuvem baseados nos EUA, hospedados pela Oracle.

Por Catherine Thorbecke, da CNN

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