Mais um passo rumo à exportação de milho para a China

Governo finaliza vistoria das empresas para habilitação das exportações; procedimento faz parte de lista de itens que deve ser seguida para autorizar primeiro embarque, que segue sem previsão de data

Por Kellen Severo (*)

Fontes do Ministério da Agricultura me informaram que estão sendo finalizadas as vistorias das empresas para a habilitação das exportações de milho e farelo de soja do Brasil para China. Esses e outros produtos fazem parte de um recente acordo fitossanitário que abriu o mercado chinês para diferentes commodities agrícolas brasileiras. O novo passo rumo à exportação de milho e farelo de soja, por exemplo, faz parte de uma lista de procedimentos que deve ser seguida para autorizar o primeiro embarque, que ainda segue sem previsão de data. Entre os exportadores, a expectativa é que ainda leve um tempo até que os navios carregados deixem o Brasil rumo à China, isso porque a lista de empresas habilitadas pelo governo ainda deve ser enviada para o país asiático analisar.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2022/23, os embarques do grão devem atingir o mais alto patamar da história, com 44,5 milhões de toneladas, de acordo com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre os principais destinos atualmente estão Irã, Egito e Espanha. A China, um dos maiores importadores de milho do mundo, ainda não figura na lista dos  destinos prioritários do grão brasileiro. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, já disse que espera que os primeiros embarques ocorram em 2022. Entre consultorias de mercado, há divergências sobre quando efetivamente o milho do Brasil irá para a China, uns esperam que ocorra no último trimestre deste ano, enquanto outros acham difícil um volume expressivo de origem brasileira ser confirmado já em 2023. Essas projeções importam à medida que a China é um dos principais compradores do mundo e o apetite do gigante asiático pode mexer com o balanço de oferta e demanda e afetar preços no mercado doméstico. Depois do protagonismo da soja, agora é a vez do milho brasileiro ir ganhando novos espaços no mundo.

(*) Jornalista especializada em economia e agronegócio. É apresentadora do quadro ‘A Hora H do Agro’, veiculado às segundas, quartas e sextas, no Jornal da Manhã

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