Comunidades ribeirinhas do Amazonas podem ter acesso à água de qualidade

O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou os resultados da seleção que viabiliza investimentos para combater a escassez hídrica no país – Foto: Marcelo Camará/MCID.

O acesso à água potável em comunidades rurais voltou ao centro das políticas públicas federais nesta semana. O Ministério das Cidades anunciou a seleção de projetos do Novo PAC voltados ao abastecimento de água em áreas rurais, com investimento total de R$ 644,8 milhões oriundos do Orçamento Geral da União. A iniciativa prioriza regiões que convivem com escassez hídrica e dificuldades históricas de infraestrutura, realidade comum em grande parte da Amazônia.

A região Norte teve papel de destaque na seleção nacional, com 61 projetos enquadrados em quatro estados. O objetivo é levar soluções sustentáveis, de baixo custo e adaptadas às realidades locais, especialmente em comunidades afastadas dos centros urbanos.

Amazonas concentra projetos voltados a comunidades do interior

No Amazonas, foram selecionados 24 projetos de abastecimento de água rural, que somam R$ 15,6 milhões em investimentos. As ações contemplam municípios estratégicos do interior do estado, como Humaitá, Itacoatiara, Presidente Figueiredo e Nova Olinda do Norte.

Essas localidades enfrentam desafios recorrentes relacionados ao acesso à água de qualidade, seja pela distância das sedes municipais, pela dependência de rios contaminados ou pela falta de sistemas adequados de captação e distribuição. Com os novos projetos, a expectativa é reduzir riscos à saúde e melhorar a qualidade de vida de milhares de famílias ribeirinhas e rurais.

Norte lidera número de propostas aprovadas

Além do Amazonas, outros estados da região Norte também foram contemplados. O Pará liderou em número de projetos, com 30 propostas selecionadas e R$ 80,5 milhões em recursos destinados a municípios como Cametá, Monte Alegre, Ourém, Prainha e São Félix do Xingu.

O Acre teve cinco projetos aprovados, beneficiando cidades como Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima e Tarauacá, com investimento de R$ 5,1 milhões. No Amapá, duas propostas foram selecionadas, garantindo R$ 567 mil para ações nos municípios de Mazagão e Vitória do Jari.

O volume de projetos aprovados na região reforça o reconhecimento das dificuldades estruturais enfrentadas pela Amazônia, onde o acesso à água tratada ainda é um desafio cotidiano fora dos grandes centros.

Tecnologia simples e soluções sustentáveis

Os projetos selecionados pelo Novo PAC priorizam tecnologias consideradas inovadoras não pelo alto custo, mas pela eficiência e adequação ao território. Sistemas simplificados de captação, tratamento e distribuição de água devem ser implantados com foco na sustentabilidade ambiental e na manutenção local.

A proposta do governo federal é garantir soluções duradouras, que possam ser operadas pelas próprias comunidades ou prefeituras, reduzindo a dependência de estruturas complexas e caras.

Investimentos também avançam em água urbana e saneamento

Além do abastecimento rural, o Novo PAC também anunciou seleções para outras áreas do saneamento básico em todo o país. A modalidade de abastecimento de água urbana contou com R$ 5 bilhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, beneficiando 69 propostas. Já os projetos de esgotamento sanitário somaram R$ 5,6 bilhões, distribuídos entre 68 propostas selecionadas.

No conjunto, os investimentos reforçam a estratégia de ampliar o acesso à água e ao saneamento como política de saúde pública, especialmente em regiões mais vulneráveis como o interior do Amazonas.

A expectativa agora é que os projetos avancem para a fase de execução, transformando recursos anunciados em obras concretas e melhorias reais para as populações atendidas.

Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério das Cidades

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