Cirurgião plástico amazonense explica sobre redução de mama

Foto: Divulgação

No universo das cirurgias plásticas, a mamoplastia redutora, que repara o crescimento anormal das mamas, é capaz de transformar a vida de muitas mulheres. A estética e o conforto estão associados a essa cirurgia que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), é o quinto procedimento cirúrgico estético mais realizado no país.

Tramita no Congresso Nacional o projeto de lei nº 604/24, que determina a inclusão da gigantomastia na cobertura dos planos de saúde privados para a cirurgia de redução de mama. A hipertrofia reflete o  grande aumento das mamas além do padrão convencional. A aprovação desta lei garantirá um acesso mais amplo a tratamentos essenciais para quem sofre com essa condição.

O cirurgião plástico amazonense Renan Gil explica que a mamoplastia redutora tem como objetivo principal remover o excesso de gordura, de tecido glandular e de pele das mamas, proporcionando melhor qualidade de vida para os pacientes. Corrigir a hipertrofia mamária, segundo o médico, significa manter a simetria e ter um número mínimo de complicações.

O especialista lembra a  importância de procurar um profissional habilitado para a realização do procedimento cirúrgico, da realização de todos os exames exigidos no pré-operatório, além de um local adequado que dê todo um suporte, caso haja alguma intercorrência.

Cirurgião plástico amazonense Renan Gil – Foto: Divulgação

Quais técnicas cirúrgicas são aplicadas?

Renan Gil – Vai depender de cada paciente. Uma técnica clássica consagrada por Pitanguy é a redução em formato de T, o famoso T invertido. Uma cicatriz se concentra ao redor da aréola e geralmente fica escondida. A única cicatriz que aparece é a em T invertido, na região inferior da mama, que é a da coluna do T.

Quando a mamoplastia redutora é indicada?

RG – A principal indicação é o desconforto da paciente em relação ao tamanho da sua mama. Se a paciente percebe o tamanho desproporcional e não harmonioso da mama em relação a sua estrutura corporal, o procedimento é indicado.

Quem não pode fazer?

RG – A cirurgia não é indicada para pacientes que têm alteração em algum exame pré-operatório.  Se vier alguma alteração, é recomendado que se faça o controle do que há de errado para posteriormente o procedimento ser realizado.

Qual o preparo para passar por esse procedimento cirúrgico?

RG– São realizados exames laboratoriais para averiguar se a paciente tem alguma doença pré-existente, mas se a paciente tiver e a doença estiver controlada, não é uma contraindicação para realizar o procedimento. São feitos também exames de imagem (ultrassonografia de mama e mamografia) para que a cirurgia seja realizada com segurança.

Quais as consequências quando a paciente é indicada para fazer, mas não se submete ao procedimento cirúrgico?

RG – São pacientes que começam a ter uma acentuação na região do ombro, no uso do sutiã. É uma paciente que vai evoluir com problemas de coluna, com dores. Demartites de contato também são esperadas. Tudo isso pode acontecer por conta da não realização da cirurgia.

Homens com excesso de gordura na mama também podem fazer?

RG – Sim. Homens podem realizar o procedimento. Nestes casos, pode ter um aumento tanto da glândula quanto da gordura na região da mama. Então, a gente consegue atuar reduzindo essa glândula, e também tirar o excesso de gordura.

Como é o procedimento realizado?

RG –  O procedimento vai depender do tamanho da redução, mas de forma padrão, dura em torno de três horas. É um procedimento realizado sob anestesia geral. O paciente vai estar dormindo e entubado, mas ao término da anestesia é extubado. Fica um dia no hospital e no dia seguinte é liberado para casa.

Qual o tempo de cicatrização?     

RG – A cicatrização da pele dura de 15 a 30 dias. Por dentro, ainda vai estar em processo de cicatrização. Uma observação sobre a gigantomastia em pacientes mais jovens. Neste caso, como a gente mexe muito na glândula, pode ser que a paciente tenha um pouco de dificuldade para amamentar.

Cuidados com o pós-operatório?

RG –  Em geral é recomendado o uso de um sutiã mamário. No caso da cirurgia de mama redutora, como a gente mexe muito na glândula e no tecido mamário, em geral, também ali a parte da gordura, a gente pede  que o  paciente não movimente os braços além da linha do ombro nos primeiros dias. No decorrer do tempo, a gente vai observando a movimentação  e autorizando os movimentos acima da linha do ombro. Recomendado também repouso absoluto. É fundamental que o paciente tabagista interrompa o uso do cigarro, ao menos um mês antes da cirurgia. E a bebida alcoólica também é contraindicada.

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