Anatel e Abdi fecham acordo para testes de redes privadas de 5G

5G é o nome dado à nova geração de conectividade móvel - Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) assinaram um acordo para realizar os primeiros testes no Brasil relacionados ao uso de redes privadas da tecnologia 5G.

O 5G é o nome dado à nova geração de conectividade móvel. Especialistas apontam um grande potencial pelo aumento da velocidade, da capacidade de banda e da redução das perdas de conexão em relação ao 4G.

O governo federal prepara um leilão para a exploração comercial da tecnologia. Mas, para além desta modalidade, em que operadoras oferecerão pacotes a usuários, a Anatel também prepara a possibilidade de empresas poderem utilizar redes privadas para diversas finalidades.

O gerente de Espectro, Órbitas e Radiodifusão da Anatel, Agostinho Linhares, explicou que essas redes privadas poderão ser utilizadas para novos arranjos produtivos digitalizados que vêm sendo chamados de “indústria 4.0”.

Indústrias poderão integrar suas redes de telecomunicações, permitindo a coordenação de robôs, sensores e outros equipamentos ativados por meio de uma conexão móvel e que conversam entre si, na chamada “Internet das Coisas”.

De acordo com o gerente da Anatel, o propósito dos testes em parceria com a Abdi é avaliar como o 5G funciona neste tipo de rede, em diferentes situações, para distintas aplicações e em locais e instalações variadas.

Desenvolvimento produtivo e tecnológico

“Este acordo é um instrumento para incentivar o desenvolvimento produtivo e tecnológico. O objetivo é ter projeto piloto para experimentar e validar diferentes faixas de frequência, avaliando indicadores de desempenho”, disse Linhares à Agência Brasil.

A expectativa é que os primeiros resultados sejam divulgados no primeiro semestre do ano que vem.

Acrescentou que a Anatel já desenvolve testes para identificar como as redes privadas poderão ser disponibilizadas. Já há faixas de frequências alocadas, mas a agência estuda uma ampliação disso.

Os técnicos do órgão querem com o estudo identificar a demanda concreta de espectro para diferentes aplicações. Assim, quando uma empresa solicitar o direito de explorar determinada quantidade do espectro de radiofrequências a agência poderá ter melhores parâmetros.

Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil

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