Sema promove conservação ambiental com projetos de carbono

Floresta e Parque Estadual do Sucunduri podem receber projetos a partir da anuência de usuários e moradores

Foto: Maurício Damacena Correa/Sema

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) do Amazonas deu um passo importante para expandir os diálogos sobre projetos de carbono em Unidades de Conservação (UC) Estaduais. Na reunião da 21ª Reunião do Conselho Consultivo do Mosaico do Apuí, representantes da Sema, conselheiros, lideranças e instituições parceiras discutiram iniciativas dentro do Mosaico do Apuí, um agrupamento de nove UC Estaduais no município de Apuí. (a 453 quilômetros de Manaus).

A secretária adjunta de gestão ambiental, Fabrícia Arruda, destacou que essa etapa é prévia à implementação das iniciativas. Ela ressaltou que, apesar do Parque ser de proteção integral e a Floresta ser de uso sustentável, com difícil acesso e sem comunidades inseridas, é crucial dialogar com o Conselho do Mosaico para atender às expectativas das áreas.

A Sema apresentou avanços na Política Estadual de Serviços Ambientais, habilitação de Agentes Executores Ambientais e seleção de propostas para gerar créditos de carbono via Redução de Emissões do Desmatamento e da Degradação Florestal (REDD) em Unidades de Conservação. Os Agentes selecionados poderão desenvolver projetos de conservação associados à geração de renda, reduzindo desmatamento e emissões de Gases do Efeito Estufa.

As ações podem incluir

  • Desenvolvimento da bioeconomia: promover atividades econômicas sustentáveis.
  • Proteção da biodiversidade: conservar espécies e ecossistemas.
  • Fortalecimento das Associações-Mães: apoiar organizações comunitárias.
  • Atividades socioambientais: educar e conscientizar sobre meio ambiente.
  • O impacto esperado é significativo: apenas na Floresta Estadual e no Parque Estadual do Sucunduri, em Apuí, a capacidade de geração de créditos é superior a 1,3 milhões de toneladas de carbono equivalente em 30 anos, gerando mais de R$ 900 milhões.

Os recursos captados pela venda de créditos de carbono terão garantia de benefício direto para as UC, com 50% investidos nas UC e 50% destinados ao Fundo Estadual de Mudanças Climáticas.

As próximas etapas incluem reuniões com lideranças das UC aptas a receber as iniciativas e consultas públicas para construir coletivamente os projetos.

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