Wilson Lima já liberou recursos para recuperação da Bacia do Tarumã-Açu

Iniciativa envolverá UEA, SEMA e FADECT e busca conter degradação ambiental em uma das regiões mais críticas de Manaus

Governador do Amazonas, Wilson Lima - Foto: Amarildo Campos/Rede Amazônica

Em seu programa “Manhã de Notícias” desta terça-feira (29), o radialista e empresário Ronaldo Tiradentes informou que o governador Wilson Lima (UB) liberou recursos financeiros para dar início ao Plano de Gestão da Bacia do Tarumã-Açu.

Segundo Ronaldo, a informação foi repassada pelo próprio governador, via celular, que está decidido a impulsionar o plano para sanear a Bacia do Tarumã-Açu, uma área estratégica e altamente degradada na zona Oeste de Manaus.

A iniciativa, que envolve a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a Fundação de Apoio e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FADECT) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), busca frear o avanço da poluição, recuperar igarapés e garantir o desenvolvimento urbano sustentável.

Embora o valor exato ainda não tenha sido oficialmente divulgado, fontes ligadas ao projeto estimam que o investimento inicial supere os R$ 5 milhões, considerando a complexidade ambiental e social da região. O financiamento será coordenado pela FADECT, com possibilidade de aporte de recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente e de parcerias como o Fundo Amazônia.

Plano Multidisciplinar

O plano anunciado por Wilson Lima tem como principais metas a despoluição dos cursos d’água, o reflorestamento de áreas degradadas, o controle de ocupações irregulares e a ampliação do saneamento básico. Também estão previstas a regularização fundiária em áreas urbanas e de preservação, além de pesquisas hidrológicas e socioambientais a cargo da UEA.

A Bacia do Tarumã-Açu é considerada uma das regiões mais comprometidas de Manaus. Ela sofre com o lançamento de esgoto doméstico e resíduos industriais, além de ocupações irregulares que invadem áreas de preservação permanente. O assoreamento dos igarapés tem intensificado os riscos de enchentes, afetando diretamente centenas de famílias.

Estudos da própria UEA apontam que cerca de 70% dos igarapés da região estão altamente poluídos. A área abriga mais de 500 famílias, muitas delas em condições precárias de moradia.

Moradores veem com cautela o avanço do projeto. Maria Silva, líder comunitária, afirma que a população apoia a limpeza dos igarapés, mas teme remoções arbitrárias. “Queremos ser ouvidos e participar das decisões. Ninguém aqui é contra preservar, mas tem que haver diálogo com as comunidades.”

O cronograma prevê que, ainda em 2024, a UEA inicie os diagnósticos técnicos na área. A SEMA ficará responsável pelas ações de fiscalização ambiental e pelo processo de licenciamento, enquanto a FADECT fará a gestão dos recursos e buscará novas parcerias para ampliar o impacto do plano.

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.