Wilson Lima é mais uma vez alvo de operação da Polícia Federal

  • O governador Wilson Lima (PSC) foi o principal alvo da quarta fase da Operação Sangria da Polícia Federal, que investiga fraude em licitação e desvio de recursos públicos envolvendo a reabertura do hospital de campanha Nilton Lins.
  • Um dos presos é o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, irmão da deputada licenciada e atual secretária da Assistência Social (Seas) Alessandra Campêlo (MDB).

Empresários presos

    • A ação cumpriu 25 mandados de prisão, busca e apreensão, que resultou na detenção dos empresários Sérgio Chalub, Rafael Silveira, Frank Gomes de Abreu e Carlos Henrique Alecrim John.
    • A operação também apreendeu carros de luxo e sequestro de bens e valores, que juntos somam mais de R$ 22,8 milhões, em Manaus e em Porto Alegre (RS).

Quebra de sigilo

    • A operação foi autorizada pelo ministro do STJ, Francisco Falcão, que determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do governador Wilson Lima e de todos os investigados. Lima foi denunciado pela PGR por diversos crimes, dentre eles o de chefiar uma quadrilha responsável pelo desvio de mais de R$ 2,8 milhões da pasta da saúde.

Milhões desviados

    • No pedido, a PGR diz que “a investigação poderá atingir patamar diverso” e “rastrear o destino dos milhões que foram desviados dos cofres públicos amazonenses”.
    • Falcão, por sua vez, afirmou que “a medida permitirá a avaliação da compatibilidade entre os valores movimentados e declarados à Receita e a evolução patrimonial dos investigados”.

Wilson dia 10 na CPI

      • O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz, antecipou para o próximo dia 10 o depoimento do governador Wilson Lima à comissão.
      • O depoimento estava programado para acontecer no dia 29.

Alessandra entregando cestas

    • Enquanto o seu irmão era preso no Rio de Janeiro, a deputada licenciada Alessandra Campelo estava estregando cestas básicas na comunidade do Novo Remanso, em Itacoatiara.
    • Assim que soube da operação, a titular da Seas retornou a Manaus para dar apoio ao irmão e ao governador Wilson Lima para quem fez ligação telefônica se solidarizando.

Irmãos Lins esclarecem

    • A propósito de notícias divulgadas na imprensa envolvendo o empresário Nilton Costa Lins Júnior, filho do falecido professor Nilton Lins, os irmãos deputados Átila Lins (Federal) e Belarmino Lins (Estadual) esclarecem não haver qualquer associação entre a família do referido empresário e a família Lins de Albuquerque a cuja ramificação pertencem Átila e Belarmino.
    • Dessa forma, os parlamentares esclarecem que a família Lins de Albuquerque não possui nenhum grau de parentesco com a família Nilton Lins.

Conversas na Aleam

    • Não fosse a intervenção do deputado Delegado Péricles (PSL), a sessão plenária de ontem da Assembleia Legislativa teria iniciado por volta das 11 horas.
    • Segundo apurou a coluna, desde cedo, sob o impacto da deflagração de mais uma Operação Sangria da Polícia Federal, o deputado-presidente Roberto Cidade (PV) reuniu-se com vários parlamentares governistas para debater a questão. A reunião durou longo tempo e quase impediu o quórum legal para o início da sessão.

Olho no lance …

    • Roberto Cidade se movimenta nos bastidores para assegurar o máximo de apoio possível caso tenha que assumir o Governo do Amazonas na hipótese do afastamento ou prisão de Wilson Lima e Carlos Almeida pelo STJ neste final de junho.
    • Se tudo der certo, Cidade terá consigo as chaves dos cofres do governo e da Aleam em suas mãos. E, então, enfeixará poder suficiente para comandar o processo eleitoral de 2022 no Estado como melhor lhe convier.

“A ponta do iceberg”

    • Para o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), a quarta fase da Operação Sangria foi consequência da CPI da Saúde da Assembleia do Amazonas, da qual foi membro.
    • O líder do PSB lembrou que foram detectados pagamentos indenizatórios por parte do Estado, superiores a R$ 5 bilhões, sendo a maior parte na pasta da Saúde, no período de 2010 a 2020.
    • Segundo ele, a operação, que investiga a alta cúpula do governo do Amazonas, é a “ponta do iceberg”.

Como no velho Oeste

    • A cena foi digna do velho Oeste americano. Como um autêntico “cowboy”, o empresário Nilton Costa Lins Júnior recebeu a tiros, em sua residência, os agentes da PF que investigavam, ontem, a sua participação em operações de supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação de um hospital de campanha no Estado.
    • Sem a mesma pontaria de John Wayne, Niltinho, como o empresário é chamado, atirou, atirou, mas não acertou em ninguém.
    • A cena de faroeste foi levada ontem pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo ao plenário da Corte Especial do STJ.

Relator apressado

    • Os ministros João Otávio Noronha e Luís Felipe Salomão, do STJ, criticaram a precipitação do ministro-relator Francisco Falcão, forçando a barra para que o julgamento ocorresse sem o encerramento do prazo para a apresentação das defesas dos acusados.
    • “Não é uma mera apresentação de memorial, mas sim um atropelo. Ou seja, ficou marcado que houve um açodamento dessa pauta. Se terminou o prazo a meia-noite e no dia seguinte está pautado, e no dia seguinte está pronto, acho que temos que aguardar a conclusão do processo para não gerar essa expectativa”, disse Luís Felipe.

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