
O Amazonas registrou uma redução de 16,92% no desmatamento no período de agosto de 2024 a julho de 2025, em comparação com o ciclo anterior (agosto de 2023 a julho de 2024).
Os dados são do levantamento oficial do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
- Período 2024/2025:016 quilômetros quadrados (km²) de vegetação suprimida.
- Período anterior (2023/2024):223 km².
A área de 1.016 km² registrada em 2025 representa o menor índice de desmatamento no Amazonas desde 2017, quando o Prodes havia detectado 1.001 km².
Redução na Amazônia Legal
O Amazonas contribuiu significativamente para a queda do desmatamento em toda a Amazônia Legal, que também apresentou redução:
- Amazônia Legal (Acumulado): A área desmatada caiu de 6.518 km² (2024) para 5.796 km² (2025), uma redução de 11,07%.
- Posição do Amazonas: O estado deixou a posição de destaque entre os maiores desmatadores e agora ocupa o quarto lugar no ranking do desmatamento, demonstrando o avanço nas ações de preservação.
Políticas públicas e fiscalização intensificada
Os números, monitorados localmente pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), são creditados à intensificação das ações no campo.
Gustavo Picanço, diretor-presidente do Ipaam, ressaltou que o resultado é fruto de operações integradas e do trabalho contínuo de prevenção e controle, utilizando inteligência geotecnológica e parcerias com órgãos federais.
“Intensificamos a presença no território, usamos inteligência geotecnológica para localizar áreas críticas e ampliamos ações de prevenção, fiscalização e de educação ambiental. Não vamos reduzir o ritmo: a vigilância é contínua e a proteção da floresta é prioridade”, afirmou Picanço.
Eduardo Taveira, secretário da Sema, reforçou que a queda é resultado direto do fortalecimento da governança ambiental. Ele destacou que a atuação integrada entre Sema, Ipaam, SSP e outras instituições garante respostas rápidas.
“Ao mesmo tempo, temos investido em políticas estruturantes, como o apoio às comunidades e o incentivo à bioeconomia, que são fundamentais para consolidar a redução do desmatamento de forma duradoura,” explicou Taveira.
Prodes e deter: sistemas de monitoramento
A matéria esclarece a diferença entre os dois principais sistemas de monitoramento do desmatamento do Inpe, utilizados pelas secretarias estaduais:
- Prodes: É o sistema oficial de diagnóstico anual, que quantifica o desmatamento de forma consolidada no ciclo de 1º de agosto a 31 de julho.
- Deter: Funciona como um sistema de alerta rápido, identificando indícios de supressão de vegetação em tempo quase real. As informações do Deter orientam as fiscalizações mensais e operações imediatas no campo.
As secretarias reforçam que, apesar da queda, a estratégia de combate ao desmatamento permanece prioritária e inclui: ações de inteligência ambiental, apreensão de equipamentos ilegais, interdição de acessos clandestinos e articulação com comunidades locais para recuperação de áreas degradadas.











