A título de curiosidade, nossa celebração do ano-novo, no dia 1° de janeiro, iniciou-se com o calendário juliano e, para os romanos, esse mês era dedicado ao deus Janus, deus do início e do fim, deus das transições, da renovação. E renovação nada mais é que fazer com que algo fique como novo, ou seja, melhore. No entanto, quando a igreja católica consolidou-se no poder, declarou-se que 1° de janeiro era uma data pagã. Então, a igreja estabeleceu que o ano-novo deveria ser a data da Anunciação do nascimento de Cristo feita à virgem Maria, pelo arcanjo Gabriel, no dia 25 de março. No entanto, no século XVI, o Papa Gregório XIII estabeleceu o calendário gregoriano e voltou-se a comemorar o ano-novo no dia 1° de janeiro.
Apesar do vai e vem das datas (do paganismo ao cristianismo) nada mudou, nosso marco de transição de um ano para o outro, originalmente, tem o mesmo significado, renovação. Assim como para outras religiões que têm sua própria história e fé. Independente de crenças e superstições, o ano-novo é um símbolo de recomeço, de esperança, um momento de reflexão, de motivação, de agradecer pelas conquistas e traçar novas metas.
No decorrer do ano, esses sentimentos tendem a perder a força e o significado, e passamos a viver no automático. Então, precisamos do nosso ano-novo a lembrar-nos de que podemos recomeçar e fazer melhor. Por isso, para o ano de 2022, desejo a todos que consigam manter a motivação em suas rotinas e sejamos capazes de manter o impulso da virada para realizar nossos projetos e alcançar objetivos.
Há quem busque ajuda externa, de terapeutas, coaching, grupos, etc., o que tem enorme valor. Contudo, não há força mais importante do que a interna, a vontade de melhorar a cada dia, a cada ano. O tempo é mestre e devemos saber usá-lo para o desenvolvimento e aperfeiçoamento, e tudo inicia-se com o querer do fundo do coração, por essa razão, desde a antiguidade, temos a passagem do tempo que nos chama à espiritualidade, à renovação.
Feliz Ano-novo!
Escritora Dina Arce
