TPI acusa Netanyahu e Gallant de crimes de guerra e contra a humanidade

'É o lógico', 'não tem jurisdição': Países divergem sobre prender Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursa aos líderes mundiais durante a Assembleia Geral das Nações Unidas – Foto: SPENCER PLATT/Getty Images via AFP

Após o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, bem como um alto funcionário do Hamas, por supostos crimes de guerra cometidos, países e entidades reagiram à decisão.

EUA ‘extremamente preocupados’ com ordem de prisão

Declaração foi feita pela Casa Branca na quinta-feira (21). “Estamos extremamente preocupados com a resolução do procurador de emitir ordens de detenção e com os preocupantes erros processuais que levaram a essa decisão. Os Estados Unidos foram claros ao afirmar que o TPI não tem jurisdição sobre este assunto”, disse um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança.

A declaração dos EUA não faz menção ao mandado de prisão emitido para Mohamed Deif, chefe militar do movimento islamista palestino Hamas. Israel diz que Deif foi morto em um ataque aéreo em Gaza em julho. O Hamas não confirmou sua morte. Mike Waltz, o futuro conselheiro de Segurança Nacional do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, defendeu Israel anteriormente e prometeu uma “resposta firme ao TPI e ao preconceito antissemita da ONU a partir de janeiro”, quando o republicano assumir o cargo.

“O TPI não tem credibilidade e essas alegações foram refutadas pelo governo dos EUA”, disse Waltz no site de rede social X. Uma posição que reflete a indignação dos republicanos, alguns dos quais pediram que o Senado dos EUA sancionasse o TPI, com 124 membros, que teoricamente são obrigados a prender pessoas sujeitas a mandados de prisão.

Crimes de guerra. O tribunal com sede em Haia disse que os mandados de prisão para Netanyahu e Gallant foram emitidos “por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos de pelo menos 8 de outubro de 2023 a pelo menos 20 de maio de 2024”.

Itália

“Apoiamos o TPI, ao mesmo tempo em que lembramos que o tribunal deve ter um papel jurídico e não político”, declarou o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani. “Vamos avaliar com nossos aliados como reagir e interpretar essa decisão”, precisou.

‘É o lógico’, diz Petro sobre ordem de prisão

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, descreveu como “lógica” a decisão do Tribunal Penal Internacional. “Essa é a coisa lógica a se fazer. Netanyahu é um genocida. O tribunal de Justiça do mundo diz isso e sua decisão deve ser obedecida”, escreveu Petro, um de seus maiores críticos, na rede X.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/11/22/o-que-paises-dizem-sobre-prender-netanyahu-apos-decisao-de-haia.htm

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