O tratamento utilizado para manter o nível de estrogênio no corpo para aliviar os efeitos da menopausa, a terapia hormonal (TH) tem sido um aliado das mulheres para ajudá-las a lidar com sintomas como ondas de calor, suores noturnos, irritabilidade, secura vaginal e diminuição da libido, além de ajudar na prevenção da perda óssea e na redução do risco de osteoporose. Apesar disso, a sua adoção ainda está envolta em debates sobre temores de aumento de chances de desenvolvimento de câncer de mama a ponto de menos de um quarto das brasileiras receberem essa prescrição de seus médicos. Para a diretora-associada da Organon Brasil, Nanci Utida, a TH oferece muitos benefícios para a saúde feminina com a devida orientação de especialistas e informações precisas para as pacientes.
O assunto sempre vem à tona no Dia Mundial da Menopausa, em 18 de outubro. No Brasil, a baixa adesão por parte do público feminino é demonstrada na pesquisa “Brazilian Menopause Study”, pelo qual apenas 22,3% das pacientes na menopausa relataram que receberam prescrição médica para a TH. O estudo também mostra que o tratamento por TH só dura oito meses. Por trás disso, estariam condições socioeconômicas e o receio de riscos de câncer de mama.
De acordo com o levantamento, a idade mediana de menopausa no Brasil é de 48 anos e mais de 85% das mulheres apresentam alguma manifestação climatérica, sendo que os fogachos foram reportados por 73%. Segundo Nanci Utida, que também é médica ginecologista, a TH é um tratamento seguro e eficaz que pode melhorar a qualidade de vida dessas mulheres: “Este tratamento reduz os sintomas da menopausa, como ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal e também diminui a perda óssea e o risco de osteoporose”.
Para a médica, a falta de informações claras sobre benefícios e riscos da terapia hormonal, especialmente sobre o câncer de mama, é um dos principais motivos para a baixa adesão ao tratamento.
“Essa relação é complexa e depende de diversos fatores, como o tipo de hormônio utilizado e a duração do tratamento. Os benefícios da TH incluem o alívio dos sintomas da menopausa e a prevenção da osteoporose. No entanto, é importante considerar os riscos, como o pequeno aumento do risco de câncer de mama com o uso de terapia combinada (estrogênio e progesterona) por longos períodos. Este risco parece ser menor em pacientes que utilizam somente estrogênio, o que é feito em pacientes histerectomizadas, que tiveram o útero removido”, explica ela.
Informações claras e educação médica
Segundo a especialista, é preciso que a informação médica passada às pacientes sobre o tratamento hormonal seja precisa: “Levar as informações de forma clara e de melhor compreensão para as pacientes pode ajudar a fazer com que percebam que, quando seguidas as recomendações das diretrizes internacionais e nacionais, a TH geralmente oferece benefícios significativos para a qualidade de vida, com riscos baixos”.
Para ela, esse processo também inclui a própria educação dos médicos especialistas: “Educar tanto as pacientes quanto os profissionais de saúde sobre a segurança e eficácia da TH e individualizar o tratamento com base nas necessidades e histórico de cada mulher pode aumentar a confiança na terapia. Além disso, é importante desmistificar o medo excessivo de riscos, como o de câncer de mama, e apresentar os dados de forma equilibrada e transparente”.
Nanci Utida também sugere outras opções para tratar os sintomas da menopausa para as mulheres que não podem ou preferem não usar TH, como antidepressivos de baixa dose, medicamentos para osteoporose, lubrificantes vaginais e terapias sintomáticas.
A Organon recomenda que as mulheres conversem com seu médico sobre os riscos e benefícios da TH antes de iniciar o tratamento. A decisão pela terapia hormonal deve ser tomada em conjunto.
Sobre Organon
A Organon é uma empresa global de saúde com foco no desenvolvimento de medicamentos para mulheres. Seu propósito é contribuir para que as mulheres tenham mais saúde e bem-estar em todas as fases da vida. A companhia possui um portfólio de mais de 60 medicações em diversas áreas terapêuticas, como saúde reprodutiva, contracepção, doenças cardíacas e câncer de mama. Entre esses produtos, constam também biossimilares e medicamentos estabelecidos no mercado. Oriunda da farmacêutica MSD, a Organon tem atuação autônoma e cerca de 9 mil trabalhadores espalhados pelo planeta. Para obter mais informações, visite www.organon.com/brazil e conecte-se conosco no LinkedIn.