A maneira como uma pessoa se expressa verbalmente vai muito além da aplicação de técnicas orais pois o sotaque revela a origem e a história de cada indivíduo. Em uma análise baseada em sua vasta experiência com treinamentos a especialista Alessandra Braga defende que a prática de neutralizar o sotaque pode ser prejudicial. Segundo a sócia fundadora da All Presentations, essa tentativa de padronização comum em empresas acaba enfraquecendo a autenticidade e o impacto da fala.
Para a consultora o jeito de falar deve ser visto como um diferencial competitivo e não como uma barreira para o sucesso. Em um mercado onde ser autêntico se tornou um ativo estratégico a naturalidade na comunicação ganha cada vez mais relevância entre os líderes e colaboradores. Alessandra Braga ressalta que “o sotaque é parte da marca pessoal e deve ser compreendido como um elemento de conexão, não como um obstáculo” ao explicar que tentar eliminar esses traços é muitas vezes uma forma de ignorar a individualidade do profissional.
A especialista que vive em São Paulo há quase duas décadas percebe seu próprio sotaque como um híbrido entre o mineiro e o paulistano. Ela defende que a percepção da voz muda conforme o contexto e principalmente conforme a intenção.
“O ponto central não é apagar traços, mas ter consciência sobre como usá-los, ajustando a expressão sem perder a identidade” explica a executiva sobre o equilíbrio necessário entre técnica e essência.
Quando o ajuste na fala se torna necessário
Embora a identidade deva ser preservada Alessandra Braga ressalta que a clareza da mensagem nunca deve ser sacrificada. O limite entre manter a essência e precisar de um ajuste técnico está diretamente ligado à compreensão do interlocutor e à fluidez do diálogo no ambiente corporativo. A técnica deve servir para aprimorar a entrega sem descaracterizar quem está falando.
“O sotaque só se torna um problema quando compromete a clareza da mensagem ou vem acompanhado de outros fatores que sabotam a intenção de fala” pontua a profissional.
Nesses casos específicos o ajuste deve ocorrer na forma de expressão e na dicção e nunca na mudança da identidade do sujeito.
O preparo técnico e emocional ajuda a lidar com contextos onde o sotaque ainda sofre com preconceitos linguísticos garantindo domínio emocional e intencionalidade na fala.
O combate ao preconceito linguístico e a valorização da voz
Com mais de dez anos de atuação atendendo pessoas de diversas regiões a especialista da All Presentations, reforça que a diversidade de sonoridades é capaz de gerar curiosidade e admiração. Valorizar o próprio jeito de falar é o primeiro passo para conquistar confiança e autoridade em qualquer discurso público ou privado.
Alessandra Braga alerta para o perigo de depreciar o próprio jeito de falar pois acredita que “isso reforça inseguranças e alimenta o preconceito linguístico” em diversos ambientes. Para ela a voz carrega história e identidade mas precisa estar sempre alinhada à clareza e à intenção. A naturalidade na comunicação corporativa gera aproximação e humaniza as relações de trabalho permitindo que o profissional se sinta seguro com suas raízes.
Sobre a All Presentations
A All Presentations foi criada há 10 anos por Alessandra Braga, mestra em linguística aplicada pela PUC/SP e expert em palestras TED Talks. A empresa é responsável por preparar líderes de alta performance para momentos estratégicos por meio de workshops e palestras in company, além de ensaios individuais para momentos decisivos. Ao longo desses anos, já atendeu 40 das 100 maiores empresas do Brasil. Entre as grandes organizações com as quais trabalhou, estão Bradesco, VLI, Merz, Ericsson inovação, Aramis, Dotz, Moema Wertheimer Arquitetura, Ifood, palestrantes reconhecidos.
Assessoria de comunicação: Luisa Resende
