
A manhã desta segunda-feira (27) foi marcada pela celebração do empreendedorismo local com a inauguração de duas novas unidades urbanas de microcrédito do Banco da Amazônia (BASA) em Manaus. Antes da formalidade das novas sedes, o foco esteve nos microempreendedores que veem no acesso ao crédito de baixo custo a chance de expandir seus negócios.
Histórias de sucesso e planos de expansão
A força do microempreendedorismo local foi evidenciada pelas histórias de quem já se beneficia da política pública:
- Luzenira Gonçalves, que trabalha há seis anos com churrasquinho no Centro de Manaus, planeja investir na melhoria da infraestrutura de seu negócio. “Com o dinheiro, queremos investir comprando mais materiais e mesas para o negócio”, afirmou a comerciante, que superou as dificuldades da pandemia e hoje “está fazendo sucesso”.
- Rosiane dos Santos, do ramo de alimentação com carne na chapa, destacou a relevância do programa. “Isso veio para ajudar mais o microempreendedor, né, dando uma facilidade para quem não consegue crédito e com juros menores”, comentou, valorizando o impacto no fluxo de caixa e na capacidade de investimento.
- No segmento de vestuário, Maria Solange de Moura, com mais de 20 anos no ramo e duas lojas, busca ampliar seus negócios: “Vou investir porque os juros são acessíveis, o que me permite sonhar em ampliar a loja.”
- Elineida Moreira Santos, dona de uma loja de roupas e acessórios há uma década, já tem planos de viagem para reabastecer o estoque: “Planejo investir no estoque para o final do ano… para trazer novidades para meus clientes.”
Expansão e metas audaciosas do BASA

Com a inauguração das novas unidades na Avenida Senador Álvaro Maia (Centro) e na Avenida Brasil (Compensa I), Manaus passa a contar com quatro polos de microcrédito do BASA (três urbanos e um rural).
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, contextualizou o crescimento e as metas futuras da instituição.
- Impacto atual: “Com essas duas, neste ano, nós fizemos R$ 56 milhões, atendendo mais de 15 mil empreendedores aqui no Amazonas”, informou Lessa, referindo-se às duas unidades existentes anteriormente.
- Multiplicação: Com as quatro unidades físicas e a inclusão de unidades móveis (vans e barcos), a expectativa é multiplicar esse valor e garantir que o crédito chegue “a quem precisa, a tempo que ele precisa.”
- Meta Nacional: O compromisso do banco é audacioso: dobrar o número de unidades e alcançar R$ 1 bilhão de reais aplicados em microcrédito na Região Norte no próximo ano.
Lessa reforçou que a política de microcrédito vai além do recurso, sendo “orientativa”, acoplada a informações sobre desenvolvimento empresarial, gestão financeira e controle de estoques.
O grande diferencial do programa, segundo o presidente, está no custo: juros de 0,5% ao ano e um bônus de adimplência que oferece um desconto de 40% para quem paga em dia.
A Estratégia do “Elixir da Esperança”
Presente na solenidade, o senador Eduardo Braga saudou a iniciativa do BASA, classificando-a como um “passo extremamente inédito” para a região, que antes tinha o microcrédito restrito.
O senador ressaltou a estratégia de busca ativa, que levará o crédito diretamente ao empreendedor. Ele descreveu o novo modelo:
“Nós vamos ter o que nós chamamos de ‘pastinha’, que antigamente era o caixeiro viajante. Só que ele não vai estar vendendo o Elixir Paregórico, ele vai estar vendendo o Elixir da Esperança, que é um microcrédito com uma taxa de 6% ao ano, com um bônus de adimplência [desconto de até 40%].”
Para Braga, essa busca ativa é uma “ação muito forte” para estimular o empreendedorismo, especialmente o nano e o micro, “onde tudo começa” na Amazônia.
Por Olívia Almeida | Três Comunicação e Marketing











