Das aves tradicionais aos peixes amazônicos, passando pelas sobremesas clássicas de Natal e Réveillon, a escolha correta do vinho pode transformar a experiência gastronômica. Para ajudar nessa missão, o sommelier Alexsander de Oliveira, consultor do Pátio Gourmet, preparou um guia prático de harmonização.
Segundo o especialista, os espumantes continuam sendo os protagonistas da temporada.
“Sempre servimos a principal bebida de celebração deste período e, com certeza, não seriam outras senão champagne e espumantes”, destaca.
Aves e carnes suínas
Para os pratos principais mais tradicionais, a recomendação varia conforme a intensidade do sabor:
- Peru ou chester: A pedida ideal são os tintos leves, elaborados com a uva Pinot Noir. Eles entregam frescor e elegância sem sobrecarregar o sabor delicado das aves.
- Tender e pernil: Para carnes suínas, a escolha segura é a uva Merlot. Ela origina vinhos frutados, macios e de médio corpo, ideais para acompanhar assados.
Peixes e pratos regionais
A harmonização com peixes exige atenção ao modo de preparo:
- Bacalhau: Se for assado ou grelhado, pede tintos leves. Já as versões cozidas no vapor com legumes combinam melhor com vinhos brancos frescos, como Vinho Verde ou Sauvignon Blanc.
- Pirarucu e tambaqui: Nos pratos regionais, entram em cena os vinhos brancos, rosés e laranjas.
- Dica do sommelier: Alexsander destaca os vinhos laranjas (elaborados com as cascas das uvas brancas) como uma excelente combinação para peixes assados, especialmente o tambaqui.
A escolha para sobremesas
Para acompanhar clássicos como panetone e rabanada, a aposta ideal são os espumantes moscatéis.
“Doces, aromáticos e leves, eles harmonizam perfeitamente com as sobremesas típicas das ceias brasileiras e são, hoje, um dos grandes destaques da produção nacional”, afirma o consultor.
Dicas para não errar na escolha
O sommelier oferece orientações para situações comuns na hora da compra e do serviço:
- Mesa farta e diversa: Quando a ceia reúne muitos sabores diferentes (arroz, farofa, saladas e carnes variadas), o espumante rosé é o curinga. “Nada substitui um espumante rosé em uma mesa tão diversa”, garante.
- Perfil do consumidor: Para o brinde de Réveillon, a escolha depende do paladar. O Brut é para paladares mais evoluídos; o Demi-sec oferece equilíbrio entre seco e doce; e o Moscatel é indicado para iniciantes.
- Preço x Qualidade: Não é necessário gastar muito para beber bem. Existe uma excelente relação custo-benefício em rótulos chilenos, argentinos e nacionais.
- A aposta segura: Se quiser acertar sem complicar, vá de Merlot. “É uma uva que entrega vinhos excelentes, de médio corpo, macios e frutados. Funciona muito bem na maioria das situações”, finaliza Alexsander.
Experiência exclusiva
Todas essas orientações serão demonstradas na prática em um evento exclusivo para clientes do programa Zeus, que acontece nesta quarta-feira (10/12), no Pátio Gourmet.
O encontro promete uma interação direta com o público, incluindo harmonizações ao vivo e a apresentação de vinhos inéditos, proporcionando cultura e experiências reais aos convidados.
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