Síndrome Mão-Pé-Boca: O que pais e cuidadores precisam saber

Altamente contagiosa, a infecção afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos

Foto: Evandro Seixas/SES-AM

A Síndrome Mão-Pé-Boca é uma infecção viral altamente contagiosa causada pelo vírus Coxsackie, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas também pode acometer adultos. A doença se caracteriza por lesões na boca e erupções nas mãos e pés. Embora não seja grave, ela se espalha rapidamente de pessoa para pessoa, diretamente ou indiretamente, por meio das fezes e secreções respiratórias, como saliva ou muco nasal.

Sintomas

  • Manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés
  • Aftas na boca
  • Febre baixa
  • Dor de garganta
  • Dificuldade para engolir
  • Muita salivação
  • Vômito
  • Mal-estar
  • Diarreia
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça

“Após a contaminação, os sintomas podem surgir entre três e seis dias. Os mais comuns são febre, que pode alcançar 39 graus, aftas na boca, além de lesões avermelhadas e vesículas acinzentadas nas mãos e pés. Estas lesões, ao se romperem, podem causar muita dor”, explica o pediatra.

Outro sintoma frequente é a dor na garganta, que pode dificultar a alimentação, especialmente em crianças. “Isso pode ser perigoso, porque a dificuldade de se alimentar pode levar à desidratação e, em casos mais graves, à necessidade de internação”, alerta.

Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes, durante aproximadamente quatro a oito semanas. O período de maior transmissibilidade é a primeira semana após o início dos sintomas.

“É fundamental lavar as mãos frequentemente e evitar contato próximo com outras pessoas, especialmente crianças, durante o período de recuperação. Esses cuidados são importantes para controlar a propagação do vírus”, pontuou o médico.

Tratamento

Atualmente, não há tratamento específico ou vacina disponíveis para prevenir a doença. Em casos de suspeita, os pais devem buscar atendimento em qualquer CAIC ou Unidade Básica de Saúde (UBS), onde pediatras e clínicos gerais estão aptos a oferecer o suporte necessário.

“Por não haver tratamento direcionado à doença, controlamos os sintomas, como febre e dor, com analgésicos e antitérmicos. Em alguns casos, utilizamos antialérgicos para diminuir a irritação causada pelas lesões. Além disso, o paciente precisa repousar, beber bastante água e se alimentar adequadamente para auxiliar na recuperação”, orienta o médico.

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