Setor têxtil movimenta a economia e fortalece empreendedorismo no Amazonas

Empresária Ada Pereira – Foto: Daniele Farias

O setor têxtil e de vestuário se consolida como um dos motores mais dinâmicos da economia brasileira. Dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) indicam a relevância do segmento, que representa 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial nacional e é responsável por 5,8% do emprego na indústria de transformação.

Segundo a empresária Ada Pereira, CEO da Ponto da Camisa, dois fatores têm impulsionado o crescimento e a inclusão produtiva no setor: a expansão da terceirização de serviços e o avanço do mercado de malhas.

O papel da terceirização e da informalidade

Empresária Ada Pereira – Foto: Daniele Farias

Ada Pereira avalia que a informalidade tem sido um motor do comércio têxtil, especialmente após a pandemia, quando muitas pessoas perderam o emprego e viram na comercialização de artigos têxteis uma oportunidade de negócio ou uma segunda fonte de renda.

Para quem deseja empreender com estrutura enxuta, a terceirização tornou-se um recurso estratégico:

  • Vantagem da Terceirização: Permite que o novo empresário se concentre exclusivamente na comercialização e nas vendas, enquanto empresas especializadas cuidam da produção e fabricação. Isso reduz o custo inicial e a complexidade de montar uma fábrica própria.
  • Aprendizado e Adaptação: A maioria dos empreendedores começa de forma informal para “validar o negócio”, entender a demanda do mercado e aprender o processo. Segundo Ada, esse é um caminho natural de adaptação e aprendizado.

Mercado de malhas: porta de entrada acessível

O mercado de malhas é apontado como um dos caminhos mais acessíveis para iniciar no setor de vestuário, por ter um alcance amplo:

  • Ele atende desde a costureira autônoma até o revendedor de peças prontas.
  • A necessidade diária de “vestir” garante que o setor se mantenha em constante movimento.

Formalização como passo essencial para o crescimento

Empresária Ada Pereira – Foto: Daniele Farias

A empresária ressalta que, embora a informalidade inicie o processo, a formalização é indispensável para a sustentabilidade do negócio.

  • Desafio da Escala: Quando as vendas aumentam, o negócio precisa de formalização para ter acesso a crédito, conseguir melhores fornecedores e garantir segurança jurídica.
  • Incentivo do MEI: Ada Pereira destaca o Microempreendedor Individual (MEI) como uma política eficiente. O enquadramento no MEI permite ao profissional autônomo obter CNPJ, emitir notas fiscais e acessar benefícios previdenciários, mantendo a autonomia e pagando uma taxa acessível.

Referência no Norte do país

Com sede no Amazonas, a Ponto da Camisa se estabeleceu como referência na produção de camisas personalizadas e confecção na região Norte. Um dos diferenciais da empresa é o suporte aos empreendedores, que inclui:

  • Não exigência de quantidade mínima de compra (é possível encomendar a partir de uma unidade).
  • Disponibilidade de designers
  • Um parque fabril moderno, com mais de 1.800 metros quadrados.

Para Ada Pereira, a chave para o sucesso e para a transformação do trabalho informal em um negócio sustentável reside em três pilares: constância, inovação e qualidade.

LD Comunicação | Luana Dávila (MTB-884/AM)

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