Sete anos depois do atentado, laudo psiquiátrico decide destino de Adélio Bispo

Adélio Bispo de Oliveira deu uma facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral - Foto: Divulgação

Adélio Bispo de Oliveira, de 47 anos, passará por uma nova avaliação psiquiátrica no Presídio Federal de Campo Grande (MT) nos próximos dias. O exame é crucial para determinar se ele ainda representa uma ameaça à sociedade, quase sete anos após o atentado contra o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, em 2018.

A análise clínica será conduzida por dois psicólogos que serão enviados à unidade prisional. A equipe tem como foco:

  1. Verificar a existência de transtornos mentais que justifiquem sua classificação de alta periculosidade.
  2. Avaliar a necessidade de prorrogar ou revisar sua medida de segurança.

O laudo resultante poderá ter diferentes implicações:

  • Indicar um novo prazo para reavaliação.
  • Determinar a transferência de Adélio para um hospital de custódia.

Cenário improvável: a possibilidade de libertação

Adélio não está cumprindo pena, mas sim uma medida de segurança, pois foi considerado inimputável (incapaz de responder por seus atos criminosos devido a doença mental).

  • Em caso de parecer favorável à libertação, ele deixaria o presídio e poderia receber acompanhamento ambulatorial, conforme decisão judicial.
  • No entanto, essa hipótese é considerada improvável por agentes de segurança, já que a Justiça costuma priorizar a ordem pública em casos de alta periculosidade.

Relatórios médicos já indicam uma piora no quadro de saúde mental de Adélio ao longo dos anos de reclusão.

O cotidiano de adélio e o sigilo médico

Atualmente, Adélio vive em isolamento em uma cela de aproximadamente 6 metros quadrados. Seu estado de saúde e comportamento são preocupantes:

  • Ele recusa atividades como banho de sol.
  • Em julho deste ano, recusou também os medicamentos destinados a tratar seu transtorno delirante persistente.
  • Ele não recebe visitas familiares há mais de um ano, não leu livros e não manteve diálogo com outros detentos.

As autoridades mantêm o prontuário médico de Adélio em sigilo. Durante o governo Bolsonaro, a Polícia Federal tentou acessar esses documentos no período eleitoral, mas não obteve autorização.

Situação judicial

Uma determinação judicial garante a permanência de Adélio no sistema prisional federal até 2038, quando ele completará 60 anos. Como foi considerado inimputável, ele não responde a processos criminais.

Fonte: https://revistaoeste.com/politica/autor-de-atentado-contra-bolsonaro-passa-por-avaliacao-de-periculosidade/

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