Se você só enxerga a deficiência, não está “vendo” tudo: entender isso é o que nos torna humanos

Por Marlene Fernandez (*)

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, serve como um convite para refletir sobre a importância da diversidade na vida social. A data lembra que toda forma de existir — em cada maneira de aprender, sentir e viver — é parte de um mesmo tecido social, complexo e em constante mudança. Quando a sociedade enxerga a diferença como uma parte legítima da vida, a sensibilidade se amplia, o olhar se aprofunda e o entendimento é de que diversidade não é distância, mas sim encontro.

Historicamente, fomos levados a acreditar que a força e o ideal estavam ligados à perfeição e à adesão a um padrão único. Contudo, a própria trajetória humana demonstra que o avanço é impulsionado justamente pelas diferenças, pela capacidade de adaptação, pelas visões únicas e pelas diversas respostas aos desafios.

Nesse contexto, a deficiência é frequentemente interpretada de forma limitada, como um traço exclusivamente negativo. Na prática, o maior obstáculo não reside nas pessoas, mas sim em ambientes que ainda não foram pensados para acolher toda a diversidade humana.

Milhões de pessoas com deficiência seguem adiante todos os dias, revelando criatividade, resiliência e modos de viver que ampliam o que a sociedade entende como possível. Cabe à coletividade garantir que suas trajetórias dependam de espaços acessíveis e de um compromisso coletivo com a inclusão, e não apenas do esforço individual.

Inclusão na prática: o caso da Arcos Dorados

A Arcos Dorados optou por mudar o ponto de partida dessa discussão. Em vez de questionar como “corrigir” as pessoas, a empresa questiona como transformar seus ambientes para garantir que cada pessoa possa participar plenamente, expressar seu talento e sentir-se valorizada por suas contribuições.

Para a organização, inclusão não é fazer com que as pessoas se encaixem em um molde; é fazer com que o molde se adapte à diversidade humana.

  • A cada ação, espaço adaptado ou história reconhecida, a empresa demonstra que a diversidade é uma oportunidade que convida ao crescimento conjunto.
  • A Arcos Dorados tem demonstrado que a deficiência não é uma barreira para o emprego digno e o desenvolvimento profissional.
  • Há mais de três décadas, milhares de colaboradores com diferentes deficiências encontraram no programa de Emprego Apoiado um espaço para evoluir, destacando-se nos restaurantes e contribuindo com autonomia, eficiência e um profundo senso de pertencimento.

Cada história comprova que o potencial humano vai além dos rótulos e que o valor do indivíduo supera sua formação, experiência ou aparência.

A força da diversidade

O texto enfatiza que quando um ser humano enfrenta desafios em uma área, ele costuma desenvolver forças surpreendentes em outra.

Exemplos disso são pessoas que, mesmo sem poder enxergar, escutam com uma profundidade singular, ou aquelas que desenvolvem novas habilidades após perderem a mobilidade, ou ainda quem percebe padrões invisíveis e possui uma sensibilidade elevada. Essas experiências mostram que a diversidade expande a capacidade coletiva e enriquece a maneira como trabalhamos e nos relacionamos.

O Comitê de Diversidade e Inclusão da empresa impulsiona esse caminho, por meio da atualização de políticas e da ampliação de oportunidades, reforçando que o talento é definido pela paixão com que cada pessoa vive.

 (*) é Vice-presidente Corporativa de Relações Governamentais e Líder do Comitê de Diversidade e Inclusão da Arcos Dorados, empresa que opera o McDonald’s em 21 países da América Latina e Caribe.

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