
Com as chuvas na região norte, grande parte da Bacia do Rio Amazonas segue em ritmo de recuperação, mas com níveis ainda baixos para o período. Em Manaus, o rio Negro chegou a 16,92 m, conforme indica o 53º Boletim de Monitoramento Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado nesta segunda-feira (23).
“As previsões indicam chuvas para a região da cabeceira e, por isso, a tendência é que o Rio Negro continue subindo. Em janeiro, as subidas podem ser maiores por ser um mês mais chuvoso”, explica a pesquisadora Jussara Cury, superintendente regional de Manaus. Segundo o monitoramento do SGB, as elevações diárias em Manaus têm sido de 15 cm.
O Rio Solimões, que está na parte a montante (acima) de Manaus, também está em processo de enchente, com elevações de 12 cm por dia em Tabatinga, 18 cm em Manacapuru. As subidas nesse trecho da bacia influenciam o cenário na capital amazonense.
Já na região a jusante (no sentido do fluxo do rio), a recuperação é mais lenta, analisa Jussara Cury: “O Rio Amazonas tende a demorar mais para se recuperar. Esse é o trecho da calha mais distante das faixas de normalidade”. Em Itacoatiara são observadas elevações diárias de 13 cm.
Níveis na faixa de normalidade
Na Bacia do Rio Madeira, os níveis são considerados normais para o período. Em Porto Velho (RO), a cota é de 9,31 m e, em Humaitá (AM), de 16,49 m. Na capital Rio Branco (AC), o nível também está na faixa da normalidade: 7,32 m.
Neste mês, o SGB iniciou a operação de alerta do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre (SAH Acre). O objetivo é intensificar o monitoramento dos rios e emitir alertas sobre possíveis inundações.
Os dados atualizados sobre os rios da Bacia do Rio Amazonas podem ser conferidos aqui.
Parceria
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE.
Serviço Geológico do Brasil