
O Brasil solidificou sua posição como potência em energia limpa, adicionando 18,9 gigawatts (GW) de potência pico fotovoltaica em 2024. Com esse crescimento, o país se consolida como o quarto maior mercado de energia solar do mundo, segundo o relatório 2025-2029 da SolarPower Europe, com participação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Em meio a esse avanço, um novo modelo de gestão energética está ganhando destaque: o Mercado Híbrido.
O conceito de mercado híbrido
Criado pela Solalux Energia, o Mercado Híbrido é uma estratégia energética que combina o melhor de três pilares para otimizar custos e garantir a estabilidade do fornecimento:
- Geração Solar Própria (GD)
- Mercado Livre de Energia (ACL)
- Armazenamento em Baterias (BESS)
O especialista Werner Albuquerque, diretor da Solalux Energia, explica que o objetivo é superar as limitações técnicas e financeiras de cada modelo isolado. “O mercado híbrido une o melhor de cada cenário, reduzindo custos significativos e otimizando o investimento”, afirma.
1. Mercado Livre de Energia (ACL)
- Vantagem: O consumidor compra energia de empresas privadas, garantindo maior previsibilidade e estabilidade nos custos, sem depender exclusivamente da concessionária.
- Dados: O Ambiente de Contratação Livre (ACL) já reúne mais de 58 mil unidades consumidoras no Brasil.
2. Geração Solar Própria
- Vantagem: Combinar a compra no Mercado Livre com a geração solar em telhados ou terrenos (Geração Distribuída) aumenta a autonomia do empreendimento e reduz a incerteza do sistema elétrico.
3. Baterias Inteligentes (BESS)
- Vantagem: As BESS (Battery Energy Storage System) armazenam a energia solar gerada durante o dia e permitem seu uso nos horários de pico, quando a tarifa é mais cara, garantindo uma camada extra de economia.
- Função técnica: As baterias também atuam como reguladores da energia reativa, substituindo os tradicionais bancos de capacitores, resultando em uma operação mais estável e eficiente.
Desafios e o futuro do setor
Apesar dos resultados expressivos em indústrias e empreendimentos de grande porte, o especialista Werner Albuquerque reconhece que o maior desafio é cultural:
“O maior obstáculo é o paradigma de que é preciso escolher entre energia solar ou mercado livre. Nossa proposta unifica esses modelos, refinando os contratos e integrando tecnologias que reduzem o investimento inicial, o custo operacional e entregam o melhor resultado ao cliente final.”
Sustentabilidade e ESG
O Mercado Híbrido também está totalmente alinhado às práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança), fortalecendo o compromisso das empresas com a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono.
Crescimento exponencial
O futuro é promissor para as soluções híbridas. A expectativa é de crescimento exponencial, impulsionado pela demanda da Indústria 4.0 e da inteligência artificial.
- Regulamentação: A expansão da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição) para a Geração Distribuída, que em 2026 chegará a 60% do seu valor, tornará o modelo híbrido ainda mais competitivo no longo prazo.
- Visão de Futuro: “O futuro consome muita energia, e as soluções de engenharia refinadas serão essenciais para atender às novas demandas do mercado”, conclui Werner Albuquerque.
Por Luana Dávila – Mtb-884/AM | LD Comunicação











