
A inteligência artificial (IA) está deixando de ser vista apenas como um recurso de automação para assumir um papel mais estratégico: o de agente ativo nos negócios. Esse foi o ponto central de um debate promovido pela Cadastra, empresa global que resolve desafios de crescimento, em parceria com o Experience Club. O evento reuniu CMOs e CEOs para discutir como a tecnologia pode trabalhar lado a lado com pessoas, formando times híbridos capazes de tomar decisões mais rápidas, éticas e eficazes.
O debate ganha relevância em um momento de adoção acelerada. Globalmente, 78% das organizações já utilizam IA em pelo menos uma função de negócios, segundo pesquisa da McKinsey. No Brasil, cerca de 79% dos líderes corporativos afirmam já ter implementado ou planejam integrar a tecnologia nos próximos 12 meses, de acordo com levantamento da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e IDC.
Conduzida pelo futurista internacional Neil Redding — palestrante do SXSW, Dubai Future Forum e Building the Future —, a conversa trouxe frameworks práticos para criar agentes de IA e integrá-los a processos críticos, desde a análise de dados até o desenho de estratégias. Casos reais e dinâmicas mostraram que, ao tratar a IA como parte da equipe, as empresas podem ganhar velocidade, liberar pessoas para tarefas de maior valor e ampliar sua capacidade de inovação.
Para Redding, essa transição é também cultural. “Quando pensamos na IA como uma nova espécie, deixamos de enxergá-la apenas como ferramenta. A questão não é se ela vai substituir ou não pessoas, mas como podemos construir uma relação simbiótica, na qual humanos e máquinas criam valor juntos”, afirmou Neil Redding.
Segundo ele, liderar na era da IA vai além da adoção de novas ferramentas. É preciso alinhar três elementos: um modelo mental capaz de antecipar impactos, uma narrativa que mobilize a organização e casos práticos que mostrem valor real no dia a dia. “Quando esses fatores se combinam, as empresas conseguem reduzir resistências, acelerar a adoção e criar um ciclo contínuo de aprendizado”, completou.
O encontro destacou ainda um framework com cinco estágios de evolução da tecnologia: Prompt (quando a IA só reage a comandos), Iniciar (atua proativamente), Participar (cocria e antecipa necessidades), Delegar (assume tarefas com autonomia) e Simbiose (integração plena entre humanos e IA).
“O futuro mais promissor é aquele em que humanos e IA trabalham em plena integração, com interesses alinhados. Essa simbiose cria organizações adaptativas, capazes de evoluir continuamente em benefício dos negócios, da sociedade e do planeta”, pontuou o futurista.
Entre os efeitos esperados, estão a redução do tempo gasto em tarefas operacionais e a criação de novos papéis e competências dentro das equipes. Esse movimento é apoiado pelo fato de que 83% dos trabalhadores acreditam que a IA pode impulsionar suas carreiras, ajudando no desenvolvimento de novas habilidades e na realização de trabalhos mais estratégicos, segundo pesquisa da Workday.
O avanço é tão expressivo que 96% das empresas já estão ampliando o uso de agentes de IA, segundo estudo da Cloudera divulgado pela ABES. Estimativas da Capgemini — empresa global de consultoria e tecnologia — apontam que essa tecnologia poderá gerar até US$ 450 bilhões em valor econômico global até 2028, conforme publicado pelo TechRadar.
Mais do que acompanhar tendências, a mensagem que ficou foi clara: quem aprender a integrar agentes de IA de forma ética e estratégica sairá na frente na próxima onda de transformação empresarial.
Sobre a Cadastra
A Cadastra é uma empresa global com 25 anos de experiência, especializada em serviços de tecnologia e marketing para impulsionar o crescimento de negócios. Com mais de 900 profissionais e escritórios em cinco países (Brasil, Argentina, Colômbia, México e Inglaterra), a empresa é líder em soluções que combinam inteligência artificial, dados, consultoria e criatividade.
Reconhecida por sua eficiência e inovação, a Cadastra foi listada no ranking The Americas’ Fastest-Growing Companies 2023 do Financial Times e indicada ao prêmio Caboré. Além disso, foi a única empresa da América Latina a receber o Salesforce Partner Innovation Award 2022.