Revitalização da Praça Dom Pedro II alia cultura, meio ambiente e memória histórica

Foto: Thelson Souza/ManausCult 

A Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (ManausCult), retomou o grupo de trabalho focado na revitalização dos jardins da Praça Dom Pedro II, um dos mais importantes espaços históricos do Centro. O projeto busca uma abordagem técnica, interdisciplinar e sustentável, que vá além da estética, respeitando a memória da cidade e o patrimônio tombado.

O encontro, realizado no Centro de Arqueologia de Manaus (CAM) na manhã de 10 de outubro, reuniu um grupo diversificado de especialistas, incluindo representantes da ManausCult, pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e profissionais das áreas de patrimônio histórico, meio ambiente, saúde pública e design urbano.

Diálogo técnico e visão integrada

O diretor-presidente da ManausCult, Jender Lobato, destacou que a revitalização é um compromisso amplo:

“Revitalizar a praça Dom Pedro II vai muito além de embelezar o espaço. É um compromisso com a memória da cidade, com a qualidade de vida da população e com o uso responsável do patrimônio público. Estamos unindo cultura, meio ambiente e participação social para construir uma solução duradoura e inteligente.”

Durante a reunião, foram apresentados os avanços no inventário das espécies existentes na praça e discutidas estratégias para um plantio responsável. As diretrizes do projeto consideram fatores como acessibilidade, segurança, manutenção e, sobretudo, a preservação dos bens tombados.

Arborização planejada e saúde ambiental

A pesquisadora Yêda Arruda, do grupo “Árvores do Asfalto” da Ufam, reforçou o caráter técnico e interdisciplinar do trabalho, que trata a arborização urbana com uma “visão ampliada”:

  • Foco na Saúde Ambiental: O projeto adota o conceito de “saúde ambiental como um todo”, pensando no bem-estar social, físico e psicológico da população e na convivência equilibrada entre natureza e cidade.
  • Critérios Técnicos: A escolha das espécies não é “massiva e sem critérios”, mas sim um planejamento para que cada planta gere benefícios à população sem causar danos ao patrimônio histórico ou ao espaço urbano.

Principais propostas em discussão

O grupo de trabalho discutiu diversas propostas inovadoras para a praça, com foco na integração entre tecnologia, sustentabilidade e comunidade:

  • Criação de nichos de plantio em áreas tecnicamente adequadas.
  • Uso de placas com QR Code para identificação e educação sobre as espécies da fauna e flora.
  • Manutenção inteligente do mobiliário urbano.
  • Realização de uma pesquisa de escuta com a população para incorporar a participação social.

Próximos passos

A reunião marcou o fortalecimento da parceria entre a gestão municipal e a academia. As próximas etapas do projeto incluirão:

  • Visitas técnicas noturnas para avaliação detalhada do sistema de iluminação.
  • Ajustes finais no plano de arborização.
  • Ações de sensibilização e diálogo com a comunidade.

Por Jéssica Trajano/ManausCult

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