Registros da Intraterra e o destino da humanidade do Planeta Azul

Em 7 de setembro de 2025, realizamos uma nova entrevista com o mestre intraterreno Mein, por meio da mediunidade de Antônio Barreiros, no Centro Espírita Sagrado Coração de Maria (Cedecom), em Manaus. Uma década após a primeira conversa, Mein retorna com reflexões sobre a verdadeira história da Terra, a função espiritual da Amazônia, a transição planetária e o papel das consciências humanas e intraterrenas na construção de um novo tempo. A entrevista, marcada por linguagem simbólica e filosófica, revela o pensamento de uma consciência que, segundo os relatos, habita planos dimensionais internos da Terra e guarda registros sobre a origem e o destino espiritual do planeta.

Por Juca Taketomi

Em uma entrevista concedida há dez anos, o senhor disse que a Intraterra possui arquivos importantes sobre a verdadeira história da Terra. O que, afinal, contêm esses arquivos?

Mestre Mein – A Terra atravessou milênios de eventos que muitos poderiam atribuir a um processo de regressão. Mas o que é regressar, senão buscar a origem — o ponto onde se perdeu — para dar continuidade ao crescimento, à conquista, à revelação da própria identidade? Todos vivem em busca de respostas: uns, de forma silenciosa, outros como arautos que tudo desejam proclamar. Mas a verdade é que o presente revela a face do amanhã em construção. O que a Terra viveu ao longo de sua existência é, na verdade, um processo de amadurecimento. A história, de forma rebuscada, narra e reflete isso, embora a humanidade ainda não saiba fazer bom uso de sua moral. A ganância — e até certa infantilidade — ainda lhes impede de viver com maturidade, equilíbrio e responsabilidade.

Você me pergunta o que há nos registros da história? Quedas de grandes impérios e civilizações que atingiram o apogeu e se perderam. Não é esse o caminho que buscamos construir. Desejamos consolidar a virtude verdadeira — a moral, a humildade, a fraternidade, o amor e o conhecimento — unidos por um sentimento de respeito mútuo a cada ser e elemento existente, pois um depende do outro.

Sei que minha resposta não é exatamente o que esperava, mas compreenda: a condição atual da humanidade ainda não lhes dá acesso pleno ao conhecimento divino e sagrado.

Por que os intraterrenos, mais evoluídos que nós, não escolheram viver na superfície planetária?

Mein: Quem disse que não vivemos entre vocês? Onde está escrito que a consciência plena se perdeu? Ainda não compreenderam que é a mente que rege a existência e que, sem consciência, tudo perde o sentido.

Embora estejamos em planos dimensionais distintos, estamos sempre presentes entre os irmãos, compartilhando e proporcionando o ambiente que pode revelar e transformar o destino das civilizações, auxiliando no crescimento planetário.

Há quem diga que os reptilianos foram os primeiros habitantes inteligentes da Terra, evoluindo a partir dos dinossauros. Quem são, de fato, os reptilianos nativos da Terra e o que fazem agora?

Mein: Essa teoria não é real. Fomos nós os primeiros a habitar a superfície terrena com consciência, por sermos mais adaptáveis às condições da época. Mas há muitas consciências no Universo, com múltiplos propósitos, e é disso que nascem os conflitos. As raças de depredadores e saqueadores das riquezas dos mundos nos induziram a buscar um ambiente mais propício à preservação da vida. Embora nossos corpos fossem densos, como os de vocês, nossa capacidade mental já superava em muito a dos irmãos que ainda lutam por dominar as camadas dimensionais, domínio que, para nós, é natural. Por isso, optamos por mergulhar em uma malha quântica, preservando a vida e a consciência. Passamos a ser co-criadores com a Consciência Cósmica e mantenedores dos registros de tudo o que ocorre no planeta. Não somos os únicos neste plano: há outras raças que também dominam a técnica e habitam vastas regiões internas da Terra, cada uma respeitando sua origem e função. Fomos enviados, há milênios, para fecundar e preparar o planeta para a vida orgânica.

A humanidade avançou em ciência e tecnologia, mas permanece limitada quando o assunto é a essência da vida e da consciência. Muitos cientistas ainda separam a matéria do espírito como se fossem mundos distintos. Como a ciência humana poderá abrir-se à realidade espiritual e às dezenove dimensões intraterrenas, compreendendo que matéria e consciência são uma mesma unidade cósmica?

Mein: Essa pergunta é elementar. Já dissemos que a ciência pouco a pouco acolhe essa realidade, e a contribuição vem pela mente. Mas o florescer, o despertar, precisa ser conquistado. Não há uma única raça vivendo na crosta: há seres de muitos lares cósmicos buscando o mesmo objetivo, que é libertar a mente da prisão da ilusão. Quando todos vibrarem nesse propósito, ocorrerá uma explosão de crescimento e maturação planetária.

Vivemos um tempo de mudanças aceleradas e crises globais. Muitos chamam esse período de “transição planetária”. Como ela se manifesta nos planos físico e espiritual, e como a humanidade pode atravessá-la com menos sofrimento coletivo?

Mein: Pode-se atravessar este período pela libertação da mente. O que chamam de sofrimento é, na verdade, a forja. Sem luta, sem dor, não há virtude. Tudo o que chega com facilidade é desprezado.

O amor, a responsabilidade e a sabedoria são as forças que os forjarão em seres plenos do amanhã.

O planeta dá sinais de exaustão. O aquecimento global é resultado apenas da ação humana ou faz parte de um ciclo maior da Terra?

Mein: Quando tudo parece em tribulação, é sinal de que mudanças precisam ocorrer. Elas não apenas reparam, mas preparam o novo amanhã.

O planeta passa, sim, por transformações necessárias à sua própria manutenção e à chegada da nova raça que irá habitar a Terra.

A Amazônia é considerada o coração verde da Terra e, espiritualmente, um centro energético essencial. Qual é sua importância para o equilíbrio do planeta?

Mein: O esplendor e a exuberância da Amazônia são vitais, mas não representam o “coração” da Terra. Todo o planeta é um grande ser, e, como um corpo, deve ser preservado em sua totalidade. O verdadeiro coração do mundo está nas águas e nos mananciais que regem e sustentam a vida.

Pequenos grupos espirituais mantêm a chama da prece e da fraternidade. Que papel têm os grupos espíritas e espiritualistas na preparação da humanidade para esta nova era?

Mein: Toda mente verdadeiramente voltada ao crescimento e à autoemancipação é uma fonte valiosa. Cada ser, grupo ou instituição que revela o roteiro divino do crescimento torna-se um campo fértil para a libertação da consciência humana e para sua expansão.

Ao longo da história, figuras como Javé, Lúcifer e Jesus marcaram profundamente a consciência humana. Como os intraterrenos compreendem a natureza e o papel desses seres na evolução espiritual da Terra?

Mein: O que a história revelou sobre esses grandes irmãos é a manifestação das virtudes humanas que todos devem conquistar.

O verdadeiro governador do mundo é o amor. Todos os que aqui vieram sob sua bandeira falaram de unidade, compaixão e sabedoria.

Não defendemos nomes ou títulos, mas sim as ações libertadoras que deixaram como exemplo. Nosso papel não é fornecer respostas prontas, mas contribuir para que conquistem o saber por meio das múltiplas experiências na ciência, na filosofia e na matemática. A sabedoria já está entre vocês, pairando nas consciências. Falta apenas harmonizá-la para que possa ser vivida e aplicada em prol da verdadeira evolução.

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