Reajuste histórico: policiais e bombeiros dos ex-territórios ganham reconhecimento

Cerimônia em Brasília contou com ministros e senadores e marca avanço no reconhecimento dos servidores incorporados ao quadro da União

Acordo garante valorização de profissionais que atuaram no Amapá, Rondônia e Roraima - Foto: Márcio Pinheiro/MIDR

Foi assinado um acordo de reajuste salarial para os policiais e bombeiros militares dos ex-territórios federais, um marco que encerra uma longa espera por reconhecimento e direitos. A cerimônia ocorreu na quinta-feira (9 de outubro, presumindo-se a data da matéria original) no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

O acordo formaliza o reajuste salarial para esses servidores. A solenidade contou com a presença de importantes figuras políticas:

  • Ministro Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional);
  • Ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos);
  • Os senadores Davi Alcolumbre, Randolfe Rodrigues, e Confúcio Moura.

Entenda a situação dos ex-territórios

Os ex-territórios federais eram antigas unidades territoriais brasileiras — como Amapá, Rondônia e Roraima — que, antes de se tornarem estados, eram subordinadas diretamente à União.

  • O Problema: Quando essas unidades foram elevadas à condição de estados, os servidores civis e militares que ali atuavam (incluindo policiais e bombeiros) tiveram que ser incorporados ao quadro da União. Esse processo, conhecido como transposição, visa garantir a regularização e o acesso aos seus direitos trabalhistas como servidores federais.
  • A Importância do Acordo: Este reajuste salarial é parte dessa regularização e é visto como um ato de justiça histórica para servidores que, segundo o Ministro Waldez Góes, viveram “duas, três décadas de sofrimento e angústia”.

O significado do acordo para os servidores

A Ministra Esther Dweck destacou que a partir de agora, esses servidores:

  1. Passam a ser servidores do Governo Federal de forma plena.
  2. Estarão associados a todas as negociações salariais que o governo realizar com o funcionalismo federal, garantindo que “os policiais militares [e bombeiros] fiquem de fora”.

O reconhecimento dessa pauta é visto como transversal (Senador Davi Alcolumbre), envolvendo o Executivo, Legislativo e o Judiciário. O objetivo é fazer justiça a servidores que se dedicaram ao serviço público em regiões de fronteira e em condições historicamente difíceis.

Avanço na transposição de servidores

O processo de transposição — a transferência desses servidores para o quadro federal — está em andamento. O Senador Randolfe Rodrigues usou dados para ilustrar o avanço recente, comparando:

  • Governo Anterior (4 anos): Apenas cerca de 800 amapaenses transpostos para o quadro da União.
  • Gestão Atual (desde jan/2023): Mais de quatro mil pessoas, só do Amapá, já foram transpostas.

O Senador Confúcio Moura complementou ao lembrar as condições precárias de serviço nos anos 70 nos ex-territórios, reforçando o simbolismo desse reconhecimento para a história da região.

Assessoria de Comunicação Social do MIDR

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