Projeto de artes marciais nas escolas surpreende ao dobrar número de alunos em 2 anos

Foto: Eliton Santos/Semed

Cerca de 120 alunos da rede municipal de ensino participaram, nesta sexta-feira (12), da solenidade de troca de faixas do projeto “Aprender Lutando”, realizada no Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) Lucia Melo Ferreira Almeida, localizado no bairro Novo Aleixo, zona Norte de Manaus.

A cerimônia marcou a entrega das faixas cinza e branca de jiu-jítsu para estudantes da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. O evento, que contou com a presença de pais, professores e pedagogos, simboliza não apenas a evolução técnica das crianças, mas o avanço de uma iniciativa que une esporte e educação integral.

Expansão e metas para o futuro

Idealizado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) e parte integrante do programa de governo da gestão municipal, o “Aprender Lutando” demonstra um crescimento expressivo. Lançado em 2023 com cerca de mil alunos em 15 escolas, o projeto mais que dobrou seu alcance em 2025: atualmente, está presente em 45 unidades de ensino, beneficiando mais de 2,8 mil estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e Educação Especial.

O projeto oferece modalidades como jiu-jítsu, taekwondo, judô e capoeira. A meta da Semed, conforme o plano de expansão da rede, é continuar ampliando o acesso às artes marciais, visando alcançar ainda mais estudantes até o final da gestão, consolidando o esporte como ferramenta pedagógica essencial.

Desenvolvimento integral e disciplina

Para o coordenador do projeto, Porthos Castelo Branco — doutor em Educação Física e faixa preta 3º grau —, a iniciativa coloca Manaus na vanguarda do desporto escolar, focando no desenvolvimento completo do aluno.

“A gente trabalha coletivamente e os processos de socialização que acontecem dentro do tatame fortalecem diversos aspectos fundamentais para a escolarização, como concentração, equilíbrio, tenacidade, assiduidade, persistência e bom comportamento. Por meio da luta, damos acesso à cultura corporal de movimento. Eles se socializam, convivem e aprendem sobre seus direitos e os do outro, enquanto cidadãos”, destacou Porthos.

O diretor do Cime, Elbert Almeida, reforçou o impacto positivo na rotina escolar. Segundo o gestor, o projeto auxilia inclusive na inclusão e na saúde física das crianças.

“O Aprender Lutando é uma ferramenta muito importante. Os gestores e professores sabem o quanto as artes marciais agregam, ensinando disciplina, ética e respeito. Além disso, o projeto trabalha a parte física, acompanhando desde crianças com alguma deficiência até aquelas que precisam de regulação de peso”, afirmou Almeida.

A alegria da conquista

Entre os graduados do dia estava Arthur Reis Gonçalves, de 6 anos, aluno do 2º período. Ao trocar a faixa branca pela cinza, ele resumiu o sentimento de realização que o projeto busca despertar.

“Eu gosto muito de fazer jiu-jítsu. Aprendi muita coisa, fiz os movimentos dos animais. Foi a primeira vez que aprendi, quando ganhei o kimono e a faixa. Agora estou saindo da faixa branca para a cinza. Meu sentimento é de felicidade, porque mudei de faixa e vou continuar aprendendo”, comemorou o pequeno atleta.

Atualizações e contexto do projeto

  • Cime Lucia Melo Ferreira Almeida: Inaugurada em dezembro de 2021, a escola é referência em estrutura na zona Norte e foi projetada para o ensino de tempo integral, o que facilita a integração de atividades esportivas como o “Aprender Lutando” no currículo.
  • Metas de Longo Prazo: O projeto alinha-se às diretrizes do Plano de Governo 2025-2028, que prevê a consolidação das práticas esportivas nas escolas municipais como complemento à formação educacional, com a meta ambiciosa de atender até 8.000 estudantes nos próximos anos.

Por Paulo Rogério/Semed

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