
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para Joanesburgo, capital da África do Sul, a fim de participar da 20ª edição da cúpula de chefes de Estado e governo do G20. O evento ocorre neste sábado, 22, e domingo, 23, reunindo representantes de 19 países e da União Europeia, que juntos concentram cerca de 80% do produto interno bruto (PIB) mundial.
Lula deixou o Brasil na noite desta quinta-feira, 20, com uma agenda que inclui reuniões bilaterais, como o encontro agendado com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul. Os dois chefes de Estado conversaram por telefone nesta semana e acertaram uma reunião à margem do G20 para debater iniciativas que facilitem e ampliem o comércio bilateral.
Temas centrais e programação das sessões
O governo brasileiro informou que a programação do G20 nesta edição abrange temas importantes para a economia global e o desenvolvimento sustentável.
De acordo com o embaixador Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, a cúpula terá três sessões temáticas:
Sábado (22):
- “Crescimento econômico sustentável”: Foco em financiamento ao desenvolvimento, comércio e dívidas públicas.
- “Mundo resiliente”: Discussão sobre mudanças climáticas, redução de riscos de desastres, segurança alimentar e transição energética.
Domingo (23):
- “Futuro justo e equitativo para todos”: Abordará minerais críticos, trabalho e inteligência artificial.
Minerais críticos em destaque e ausência dos Estados Unidos
Um dos principais objetivos do encontro é a aprovação da Declaração de Líderes, que ainda está em negociação. Entre os avanços, o embaixador Gough destacou que é a primeira vez que o G20 consegue um documento sobre minerais críticos.
“É a primeira vez que o G20 consegue um documento sobre minerais críticos, reforçando a ideia de que países devem buscar o beneficiamento de minerais na origem,” afirmou o embaixador ao G1.
Os minerais críticos são essenciais para indústrias de alta tecnologia, como as de baterias, turbinas eólicas e painéis solares.
Ausência dos Estados Unidos
O secretário de Estado, Marco Rubio, informou em fevereiro que os Estados Unidos não comparecerão ao evento, justificando que “A África do Sul está fazendo coisas muito ruins”. A delegação norte-americana também não compareceu à COP30, em Belém.
Ascom











