Presidente Lula participa da cúpula do G20 na África do Sul

O evento acontece neste fim de semana; a edição deste ano vai discutir sobre minerais críticos pela primeira vez

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para Joanesburgo, capital da África do Sul, a fim de participar da 20ª edição da cúpula de chefes de Estado e governo do G20. O evento ocorre neste sábado, 22, e domingo, 23, reunindo representantes de 19 países e da União Europeia, que juntos concentram cerca de 80% do produto interno bruto (PIB) mundial.

Lula deixou o Brasil na noite desta quinta-feira, 20, com uma agenda que inclui reuniões bilaterais, como o encontro agendado com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul. Os dois chefes de Estado conversaram por telefone nesta semana e acertaram uma reunião à margem do G20 para debater iniciativas que facilitem e ampliem o comércio bilateral.

Temas centrais e programação das sessões

O governo brasileiro informou que a programação do G20 nesta edição abrange temas importantes para a economia global e o desenvolvimento sustentável.

De acordo com o embaixador Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, a cúpula terá três sessões temáticas:

Sábado (22):

  • “Crescimento econômico sustentável”: Foco em financiamento ao desenvolvimento, comércio e dívidas públicas.
  • “Mundo resiliente”: Discussão sobre mudanças climáticas, redução de riscos de desastres, segurança alimentar e transição energética.

Domingo (23):

  • “Futuro justo e equitativo para todos”: Abordará minerais críticos, trabalho e inteligência artificial.

Minerais críticos em destaque e ausência dos Estados Unidos

Um dos principais objetivos do encontro é a aprovação da Declaração de Líderes, que ainda está em negociação. Entre os avanços, o embaixador Gough destacou que é a primeira vez que o G20 consegue um documento sobre minerais críticos.

“É a primeira vez que o G20 consegue um documento sobre minerais críticos, reforçando a ideia de que países devem buscar o beneficiamento de minerais na origem,” afirmou o embaixador ao G1.

Os minerais críticos são essenciais para indústrias de alta tecnologia, como as de baterias, turbinas eólicas e painéis solares.

Ausência dos Estados Unidos

O secretário de Estado, Marco Rubio, informou em fevereiro que os Estados Unidos não comparecerão ao evento, justificando que “A África do Sul está fazendo coisas muito ruins”. A delegação norte-americana também não compareceu à COP30, em Belém.

Ascom

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