Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Raiva, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), reforça o alerta sobre a importância das ações do programa de Profilaxia e Controle da Raiva Humana, que este ano já realizou 6.217 atendimentos.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, o total de atendimentos é referente às pessoas que procuram as unidades de saúde em caso de agressão por animais domésticos (cães e gatos) ou silvestres, que são potenciais transmissores do vírus da raiva para o ser humano, além de atendimento de profilaxia de pré-exposição para alunos e profissionais da área de Veterinária.
“O Dia Mundial de Luta contra a Raiva foi instituído como forma de promover as ações contra a doença e aumentar a conscientização sobre as formas de prevenção. Nesse sentido, é importante alertar a população para a importância das medidas preventivas contra raiva humana e as medidas de profilaxia em casos de acidentes com animais domésticos e silvestres”, destaca Shádia Fraxe.
A secretária ressalta ainda que a raiva é uma doença geralmente letal, causada por um vírus e transmitida por meio de mordidas, arranhões ou lambeduras de mamíferos contaminados pelo vírus.
“Para o controle da doença, a Semsa mantém as ações do Programa de Controle da Raiva Humana na rotina de serviço da rede municipal, com 17 unidades de saúde que são referência para atender pessoas que sofreram algum tipo de acidente com animais domésticos e silvestres. Além disso, a Prefeitura de Manaus oferta a vacinação em massa para cães e gatos, que são os animais que convivem de forma mais próxima com o ser humano e por isso há maior risco de transmissão da doença”, destaca Shádia Fraxe.
A coordenadora do programa de Profilaxia e Controle da Raiva Humana em Manaus, Josimara Fernandes de Moura, explica que as ações desenvolvidas no programa têm como objetivo reduzir o risco por meio do controle da raiva em animais domésticos e da profilaxia (medidas para impedir ou diminuir o risco de transmissão de uma doença) em pessoas agredidas ou que tiveram contato com animais potencialmente transmissores da raiva.
“Para a profilaxia da raiva humana, a Semsa realiza o primeiro atendimento quando uma pessoa é agredida por mamíferos como gato, cão, suínos, bovinos, equinos (cavalos), morcegos ou animais silvestres”, informa Josimara.
Do total de 6.217 atendimentos no programa em Manaus neste ano, 4.201 foram por agressão de cães e 1.738, de gatos. Nesses casos, a recomendação é para que a pessoa agredida lave imediatamente o ferimento com água e sabão; em seguida deve procurar uma unidade de saúde de referência para avaliação do ferimento e definição do tratamento a ser adotado. Se possível, o animal agressor deve ser mantido em observação durante 10 dias, para verificar qualquer sinal indicativo de raiva.
“A profilaxia pós-exposição inclui a vacinação do paciente agredido pelo animal, o que vai reduzir o risco de um possível desenvolvimento da raiva. Mas a vacina é indicada apenas nos casos em que o animal agressor, cão ou gato, não pode ficar em observação, ou nos casos de acidente com animal silvestre. Há ainda o soro antirrábico, que é indicado para acidentes graves, em que o animal não for passível de observação, ou quando, durante o período de observação, o animal morra ou apresente sintomas da doença”, esclarece Josimara.
Vacinação de cães e gatos
Para reforçar a prevenção da raiva em cães e gatos, a Semsa, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Dr. Carlos Durand, realiza anualmente a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal. Além disso, mantém a oferta da vacina na rotina de serviços durante todo o ano, na sede do próprio CCZ, no bairro Compensa, zona Oeste, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, e na unidade móvel instalada na minivila Olímpica, no bairro Coroado, zona Leste, de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Por Eurivânia Galúcio / Semsa
