Parceria bilionária promete revolucionar a coleta de lixo em Manaus

Projeto em formato de PPP prevê universalização da coleta e modernizar a destinação final do lixo, beneficiando mais de 2 milhões de habitantes da capital e região metropolitana

Gestão de resíduos em Manaus avança com parceria público-privada - Foto: Márcio Pinheiro/MIDR

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Prefeitura de Manaus firmaram, nesta quinta-feira (16), uma parceria para estruturar um ambicioso projeto de concessão dos serviços de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos. O objetivo é modernizar a gestão e levar soluções sustentáveis a toda a população da capital por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).

Estrutura e investimento da PPP

O projeto visa a universalização da coleta e a destinação ambientalmente adequada do resíduo em Manaus, que atualmente gera cerca de 1 milhão de toneladas de resíduos por ano, enviados a um aterro controlado.

Principais pontos financeiros e de governança:

  • Investimento Previsto: Aproximadamente R$ 1,6 bilhão ao longo de 30 anos de concessão. A maior parte dos recursos será aplicada nos primeiros anos da parceria.
  • Apoio Federal: Os estudos para a concessão serão realizados pelo Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS) do MIDR, que serve como uma nova opção para auxiliar governos a estruturar projetos com a iniciativa privada.
  • Garantia Estadual: O projeto conta com a garantia do Governo do Estado do Amazonas, com a Companhia Amazonense de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos (CADA) atuando como fiduciária e participando da estrutura de governança.

O ministro Waldez Góes destacou que o FDIRS é complementar aos modelos já existentes (como CAIXA FEP e BNDES) e possui um foco maior nas regiões Norte e Nordeste, especialmente em consórcios de municípios que têm dificuldade em acessar serviços por meios tradicionais.

Potencial de regionalização e soluções sustentáveis

O diretor do Departamento de Parcerias com o Setor Privado do MIDR, Denilson Campello, explicou que o projeto beneficiará diretamente mais de 2 milhões de habitantes e tem potencial para ser expandido.

“Há possibilidade de regionalização para que os serviços sejam prestados de forma conjunta em todos os 17 municípios que compõem a região metropolitana de Manaus, com o potencial de alcançar todos os 2,8 milhões de habitantes da região,” afirmou Campello. O foco é incluir nos estudos os municípios mais isolados da área metropolitana.

A concessão permitirá a implantação de soluções técnicas modernas e sustentáveis, incluindo:

  • Reaproveitamento energético.
  • Geração de biogás e biometano.
  • Ampliação da coleta seletiva e reciclagem.
  • Modernização do sistema de transbordo.
  • Redução da disposição em aterro sanitário.

Impactos esperados e próximas etapas

Os impactos esperados são amplos, abrangendo a melhoria da qualidade de vida e da saúde pública, a redução das emissões de gases de efeito estufa, a modernização da infraestrutura urbana, além da geração de emprego e renda e o fortalecimento da sustentabilidade ambiental e regional.

As próximas etapas do projeto incluem:

  1. Assinatura do contrato entre o Estado, a Prefeitura e o FDIRS.
  2. Execução dos estudos técnicos.
  3. Estruturação final da PPP.

A previsão é que o leilão para a concessão ocorra até o final de 2026 ou início de 2027.

Assessoria de Comunicação Social do MIDR

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