
O Instituto Combustível Legal (ICL) manifesta seu total apoio à Operação Carbono Oculto 86, deflagrada nesta quarta-feira (5) nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins, que resultou na interdição de 49 postos de combustíveis suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro estimado em R$ 5 bilhões, com conexões diretas com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação, conduzida pela Polícia Civil do Piauí, em parceria com o Ministério Público e outras forças de segurança, representa um novo e importante avanço no enfrentamento ao crime organizado, à fraude fiscal e à adulteração de combustíveis, práticas que comprometem a integridade do mercado e afetam toda a sociedade.
Segundo as investigações, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para ocultar patrimônio e movimentar recursos ilícitos, além de recorrer à sonegação tributária e à venda de combustíveis adulterados para financiar atividades ilegais.
“Mais uma vez, a Operação Carbono Oculto comprova a interligação entre a sonegação estruturada de tributos e o crime organizado no Brasil. Ações como essa são fundamentais para proteger o consumidor, garantir concorrência leal e fortalecer a segurança pública. O ICL reitera seu apoio total às autoridades e ao Ministério Público na continuidade dessa investigação exemplar”, destaca Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal.
O ICL vem alertando, há anos, para os riscos sistêmicos da sonegação e da lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, que movimentam bilhões de reais e financiam estruturas criminosas em todo o território nacional. O avanço das investigações comprova que a penetração do crime organizado já atinge todas as regiões do Brasil, não se restringindo mais apenas ao eixo Rio-São Paulo, o que reforça a urgência de ações coordenadas e permanentes de combate a esse tipo de atividade.
A entidade destaca ainda a necessidade de aprovação urgente de marcos legais, como o PLP 125/2022 (devedor contumaz), que cria instrumentos mais eficazes para o enfrentamento de grupos econômicos que utilizam a sonegação e a fraude como modelo de negócio.
“Combustível fora da lei abastece o crime. Operações como essa mostram que o enfrentamento ao devedor contumaz e ao mercado ilegal é também uma questão de segurança pública”, complementa Kapaz.
O Instituto reafirma seu compromisso em colaborar com os órgãos de fiscalização e com o Poder Público para fortalecer a integridade, a transparência e a legalidade no setor, defendendo um mercado ético, competitivo e livre do crime organizado.
Assessoria de comunicação: Rodrigo Dutra











