
Facção venezuelana avança sobre a Amazônia e já opera no Amazonas
Facção criminosa nascida em 2012 dentro da penitenciária de Tocorón, na Venezuela, o Tren de Aragua, já tem presença confirmada no Amazonas e se tornou peça-chave da expansão do crime transnacional na Amazônia.
Conhecido pela extrema violência — assassinatos, esquartejamentos, extorsão e exploração sexual — o grupo se aproveita da vulnerabilidade dos migrantes venezuelanos e da fragilidade das fronteiras.
Além do Amazonas, a polícia brasileira já rastreou as operações da facção em Roraima, Santa Catarina e Paraná, com atuação direta em cidades da tríplice fronteira, como Tabatinga e Benjamin Constant, onde cracolândias surgiram na esteira do tráfico.
Aliança com o PCC

O grupo Tren de Aragua firmou aliança operacional com o PCC e mantém conexões com o Comando Vermelho, controlando rotas de drogas e armas que entram por Pacaraima e seguem para Manaus e o Sudeste.
Também atua em garimpos ilegais e redes de prostituição. A ofensiva dos EUA — que classificaram o grupo como “Organização Terrorista Estrangeira” — acendeu o alerta sobre sua expansão na Amazônia.
No Brasil, o Ministério da Justiça já foi acionado para explicar que medidas estão sendo adotadas para frear a infiltração da facção no território nacional.
Cartel de los Soles no radar
Menos visível, mas igualmente explosivo, o Cartel de los Soles voltou ao centro do debate após ser oficialmente designado pelos Estados Unidos como Organização Terrorista Estrangeira, em novembro.
Diferente do Tren de Aragua, o cartel não funciona como uma facção estruturada: trata-se de uma rede difusa de militares venezuelanos de alto escalão, acusados de facilitar o tráfico internacional de cocaína, contrabando de combustível e o controle de áreas de mineração ilegal.
Para Washington, o grupo é liderado por Nicolás Maduro e coopera ativamente com o Tren de Aragua para mover drogas pela Amazônia brasileira rumo aos EUA. O Cartel usa rotas na fronteira Venezuela–Roraima–Amazonas para o transporte de drogas, armas e ouro ilegal.
Tragédia ambiental de Balbina

Reportagem do site UOL aponta que Balbina, a hidrelétrica que virou sinônimo de desastre ambiental, segue ampliando seus danos quase 40 anos depois de entrar em operação. A floresta que foi afogada para formar o reservatório — uma área maior que a cidade de São Paulo — está literalmente apodrecendo debaixo d’água.
Árvores mortas emergem como estacas, formando um imenso “cemitério de paliteiros” que se estende por quilômetros. Estudos do INPA mostram que o impacto não se limita ao lago: as florestas de igapó do rio Uatumã continuam morrendo por causa das mudanças artificiais no fluxo das águas.
O que deveria ser energia “limpa” tornou-se fonte de emissões gigantescas de metano, agravando a crise climática. Balbina segue sendo lembrada como o pior exemplo de como não se faz uma hidrelétrica na Amazônia.
Caos no rastro da usina

A reportagem também expõe a outra face da catástrofe de Balbina: a humana. Cerca de 3 mil pessoas — ribeirinhos, famílias tradicionais e comunidades inteiras — tiveram suas vidas viradas do avesso pela hidrelétrica.
O rio mudou de comportamento, os peixes sumiram, a água ficou imprópria para consumo e o sustento que vinha da floresta desapareceu. Décadas depois, muitos ainda vivem sem reparação e sem acesso aos direitos básicos perdidos ali atrás da barragem.
Enquanto a energia de Balbina nunca entregou o que prometeu, as populações afetadas continuam pagando a conta: isolamento, adoecimento e perda de território. Agora, uma Comissão da Verdade tenta recolher os pedaços de uma história de desamparo que o país empurrou para debaixo do tapete.
Yara Lins, campeã de mandatos

A solenidade no TCE-AM, na última segunda-feira (01), marcou mais que uma posse.
Yara Lins assumiu o 3º mandato à frente do tribunal justamente no ano em que completa 50 anos de carreira dentro da Casa.
De taquígrafa em 1975 a presidente reconduzida em 2026, o caminho é daquelas biografias que já nascem com sabor de clássico institucional.
O novo corpo diretivo vem com Josué Cláudio Neto na vice-presidência, Luis Fabian Barbosa na corregedoria, Mário de Mello na Ouvidoria, Júlio Pinheiro na Escola de Contas.
Omar, David: diplomacia do gelo

O clima era de festa na posse de Yara Lins no TCE-AM, menos em um ponto específico do salão.
O senador Omar Aziz, pré-candidato ao Governo do Amazonas em 2026, circulava como sempre: risadas amplas, tapinhas nas costas, aquele carisma de quem conhece cada centímetro do tablado político.
Mas bastou cruzar com o prefeito David Almeida para a banda parar de tocar.
Nada de sorrisos largos. Nada de tapinhas. Nada de conversa de corredor.
Omar apenas estendeu a mão, tocou a mão de David e seguiu viagem, seco, protocolar, quase britânico. A frieza foi notada por todos os termômetros sociais e políticos presentes.
Curiosamente, nem deu tempo da neve derreter: ao encontrar Wilson Lima, Omar abriu o sorriso de comercial, abraçou o governador e ainda trocou figurinhas calorosas, como velhos aliados comentando uma vitória recente.
Política é mesmo esse teatro fascinante onde o aperto de mão vale mais que mil discursos.
Arthur Neto em ritmo de campanha

Quem também roubou olhares foi o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto.
Desfilou pela posse de Yara como quem já sabe o caminho: aperto de mão aqui, abraço acolá, conversa ao pé do ouvido, elogio na medida exata, tudo com a desenvoltura de veterano que, apesar de experiente, continua em plena forma.
Pré-candidato à Câmara Federal em 2026, Arthur mostrou que campanha também se faz em solenidade: com presença, simpatia e, principalmente, com boa memória para nomes, rostos e histórias.
Expansão das facções venezuelanas sobre a Amazônia, Omar e Davi trombando no TCE, Tragédia em Balbina.











