
Ausente da COP30 em Belém, o senador Omar Aziz (PSD-AM) não poupou críticas ao encontro climático. Disse que nunca participou — nem pretende — porque “nenhuma COP trouxe benefício à Amazônia”.
Para Aziz, as conferências são palco de discursos repetidos e pouca ação, e ironizou os grandes ausentes: “Os que mais poluem — Estados Unidos e China — nem aparecem”.
Ainda sobrou espaço para uma alfinetada: “Não vou bater palma para quem não vive a realidade da Amazônia e quer ditar o que devemos fazer. “Nenhuma COP trouxe benefício ao Amazonas”.
CMM entre medalhas e miados

A Câmara Municipal de Manaus estuda criar a “Medalha Vira-Lata Caramelo”, proposta do vereador Aldenor Lima (PV). A honraria premiaria defensores da causa animal, humanos por enquanto.
Aldenor já é autor de pérolas legislativas como o “Dia do Gato”, o “Setembro Amarelo dos Veterinários” e o “Dia do Sauim-de-Coleira”.
Se aprovada, a medalha entra para o seleto panteão das homenagens manauaras, que vão do “mérito legislativo” ao “latido honorário”. Entre cães e causas, parece que o plenário achou um jeito de continuar miando alto sem precisar morder ninguém.
A maior cheia do Negro vem aí

O rio Negro começa a subir e já tem gente apostando que 2026 será o ano da “maior cheia da história”.
O ex-deputado Erasmo Amazonas, o mesmo que previu a enchente recorde de 2021, alerta para o pior: o ciclo da cheia começou antes da hora. Enquanto técnicos do SGB preferem a cautela, Manaus se prepara — ou finge que se prepara — para ver bairros como Educandos, Aparecida e São Raimundo virarem arquipélago de palafitas.
No vai e vem entre seca e inundação, a capital amazonense vai se acostumando a viver de extremos, e de promessas de prevenção que sempre chegam depois da água.
Gasolina suja: ouro negro do crime

A fronteira entre crime e combustível ficou tênue no México. Cartéis transformaram o diesel e a gasolina em negócio mais lucrativo que droga, com direito a “frota fantasma” e conexões texanas.
Segundo investigação da Reuters, o contrabando já abocanha um terço do mercado de combustíveis do país. O lucro? Bilhões de dólares e impostos que evaporam em propina. A Shell até desistiu de competir.
Enquanto isso, políticos e empresários dançam no mesmo barril: uns fingem que não sabem, outros fingem que controlam. No fim, quem abastece paga o preço, e o cartel, esse sim, nunca fica no vermelho.
De narcotráfico a petroturismo
Do pó ao petróleo, os cartéis mexicanos evoluíram. Agora, importam diesel disfarçado de lubrificante, burlam impostos e despejam combustível contrabandeado em portos como Ensenada.
Até navio dinamarquês entrou na jogada. O governo mexicano promete tolerância zero, mas a corrupção na Marinha e o assassinato de um procurador em plena rua mostram quem realmente manda.
Enquanto Claudia Sheinbaum tenta limpar o terreno, os barões do diesel ilegal riem à sombra dos tanques. No México, o crime não queima — só lucra.











