
A disseminação das fake news transformou o marketing digital nos últimos anos. O fenômeno da desinformação, que antes era visto apenas como um problema social ou político, passou a fragilizar a confiança — um pilar essencial na relação entre marcas e consumidores. Nesse novo ambiente, a credibilidade se tornou o ativo mais valioso e escasso.
O marketing digital foi obrigado a amadurecer, valorizando a ética, a transparência e o conteúdo de alta qualidade para equilibrar inovação com responsabilidade.
Os desafios da desinformação nas redes sociais
O ambiente das redes sociais potencializou o problema. Como os algoritmos tendem a priorizar o engajamento em detrimento da veracidade, o conteúdo falso se espalha rapidamente. Isso gerou riscos diretos para as marcas:
- Associação involuntária a notícias falsas: Marcas foram ligadas a desinformação por meio de anúncios mal segmentados ou por compartilhamentos equivocados em páginas e perfis.
- Necessidade de gestão de crise: O cenário forçou as empresas a desenvolverem estratégias de gestão de crise mais ágeis e transparentes, colocando a checagem de informações no centro do planejamento.
Mudança no comportamento do consumidor
O bombardeio de conteúdo falso fez com que o público se tornasse mais cético e exigente. O consumidor atual:
- Pesquisa e compara fontes: As pessoas buscam comprovações antes de acreditar na mensagem de uma marca.
- Valoriza conteúdo embasado: Isso elevou a importância do marketing de conteúdo, tornando a informação de qualidade, bem estruturada e embasada um diferencial competitivo.
- Confia em reputações sólidas: Influenciadores digitais com credibilidade ganharam mais força, pois o público tende a confiar em vozes autênticas em vez de anúncios tradicionais.
A consolidação do brand safety e a busca por transparência
Diante dos riscos, o conceito de Brand Safety (segurança da marca em relação ao ambiente digital em que está inserida) se tornou uma prioridade:
- Monitoramento de anúncios: Empresas investiram em ferramentas para garantir que seus anúncios não apareçam ao lado de conteúdos duvidosos.
- Regulamentação e pressão: Plataformas como Google e Meta foram pressionadas por anunciantes e órgãos reguladores a criar mecanismos de combate à desinformação.
- Transparência como estratégia: Marcas que adotam políticas claras, explicam seus processos e dialogam abertamente com os consumidores conseguem construir uma relação mais sólida e de longo prazo.
Importante: Algumas empresas exploraram o sensacionalismo e a distorção da desinformação para gerar engajamento rápido. No entanto, essa prática destrói a reputação e mina a confiança em médio prazo, sendo insustentável no cenário digital atual.
Fonte: Izabelly Mendes











