O humanoide de Ananindeua e as luzes apavorantes do Utinga: relatos no 1º Congresso de Ufologia de Belém

lguns palestrantes reunidos durante o I Congresso de Ufologia de Belém, realizado ontem, 15, no Sesc Ver-o-Peso: trabalhos importantes e pesquisas sérias sobre fenômenos que envolvem muita polêmica, ceticismo e certezas - Foto: Divulgação

Revelações que surpreenderam o público presente, casos intrigantes, resultado de investigações sobre fenômenos ainda carentes de maiores explicações, inclusive da ciência. O 1º Congresso Ufológico de Belém (CUB), realizado no último dia 15 de janeiro, no auditório do Sesc Ver-o-Peso, apresentou palestras ricas em detalhes e imagens sobre aparições e ataques de Objetos Voadores Não-Identificados (OVNIs) na Amazônia.

O evento tratou de casos ocorridos na Amazônia, especialmente no Pará – o famoso “Chupa-Chupa, entre 1977-78, na região nordeste do estado – e no Acre, onde indígenas foram atacados por luzes misteriosas. O organizador do 1º CUB, Nathan de Moura, conhecido em toda a Amazônia por manter nas redes sociais a página Belém de Arrepiar, com dezenas de milhares de acessos ao contar histórias do sobrenatural, disse ao Portal Ver-o-Fato que, apesar das dificuldades, o evento superou as expectativas. Natan acaba de lançar a segunda edição do livro dele, “Lendas e Assombrações do Estado do Pará”.

Antes das palestras, o evento prestou uma homenagem ao ufólogo paraense Armando Monteiro, falecido em setembro do ano passado. Fundador do Grupo Ufologia Amazônica, juntamente com Vitório Peret – outro pesquisador incansável do fenômeno OVNI, presente no auditório da palestra – Monteiro dedicou boa parte de sua vida ao trabalho de campo para buscar explicações sobre aparições de objetos do espaço, filmando e fotografando depoimentos de testemunhas. A esposa de Armando Monteiro e um filho dele subiram ao palco, recebendo as homenagens em nome do pesquisador.

O bizarro na Olaria Keuffer

Heitor Costa, pesquisador e um dos dirigentes do Grupo Ufologia na Amazônia, em palestra, enfocou nuances pouco exploradas das aparições de estranhos objetos luminosos em Ananindeua, especialmente no rio Guajará-Mirim, também conhecido por muitos da região como rio Icui. Ele tratou sobre o ocorrido na Olaria Keuffer, que no final de 1977 e começo de 1978 protagonizou um episódio investigado por militares da Aeronáutica que faziam parte da chamada “Operação Prato”.

O oleiro Luiz Rodrigues, que trabalhava no local, observou entre as árvores, quando caçava, uma luz que desceu do espaço e foi perseguido por um ser humanoide de cerca de 1,50 metro, que supostamente havia desembarcado do objeto. Luiz correu pela mata e se escondeu entre arbustos, enquanto o ser esquisito tentava localizá-lo com uma lanterna, desistindo depois e retornando à nave, de onde partiu em alta velocidade rumo ao infinito.

Heitor exibiu fotos de personagens da olaria, como as do gerente Paulo Bordalo e da mulher dele, Cristina, e também do famoso capitão Uirângê Holanda, que juntamente com outros militares passaram alguns dias na área, tentando filmar o OVNI, que voltou a aparecer em outra ocasião, desta vez para a própria equipe da Aeronáutica. No mesmo rio Guajará-Mirim, a equipe de militares sob o comando de Holanda testemunhou uma imensa nave, emitindo brilho intenso, que pairou sobre o rio por vários minutos até desaparecer em altíssima velocidade.

Na mesma região também ocorreram outros avistamentos por ribeirinhos e militares, como na antiga madeireira Cimatro e na Ilha Submarina, onde neste último local, segundo Heitor Costa, aconteceram “episódios aterradores”. O pesquisador visitou esses locais, inclusive no ponto mais alto da madeireira, onde existe uma caixa d’água e onde ele revelou ter sido atacado por um enxame de abelhas.

O pesquisador Heitor Costa: um jovem no rastro de pistas deixadas pelos militares da Operação Prato, fala sobre o humanoide da Olaria Keuffer, em Ananindeua – Foto: Divulgação

A suspeita é de que os documentos produzidos pela Operação Prato, encerrada abruptamente antes do final de dezembro de 1977, estejam ainda sob guarda do governo brasileiro ou quem sabe já tenham sido enviados aos Estados Unidos e pesquisados por cientistas ligados ao governo norte-americano, mas cujas conclusões estariam sob rigoroso sigilo.

Pesquisa séria

Heitor Costa faz um trabalho sério de resgate de pistas deixadas pelos militares da Marinha, Exército e Aeronáutica por ocasião das aparições que sacudiram vários municípios do nordeste paraense e Região Metropolitana de Belém. É um trabalho que demanda tempo e investimento, porque implica em localizar pessoas que ficaram mais de 40 anos caladas, com medo de falar sobre o fenômeno do qual foram testemunhas ou diretamente envolvidas. E despesas com transporte, combustível, estadia e alimentação.

Luzes e pânico em Utinga

Outra palestra que prendeu a atenção do público foi a de Laertis Luz, que em meados de 1979 testemunhou um episódio que ainda hoje não sai da memória dele e de vizinhos e amigos que, como ele, residem no antigo Conjunto do Basa, no bairro do Souza.

Eles viram luzes  descerem do céu sobre a área do Utinga. Todos ficaram muito assustados, misto de estado de êxtase e pânico, sem saber o que estava acontecendo. A primeira luz atraiu dezenas de moradores e projetou-se sobre a mata. “Tinha o formato de um globo, mas com uma luz em suspensão, que parecia em brasa, meio alaranjada”, relatou Laertis.

O objeto parecia sumir entre as casas do conjunto e ele correu para mais perto de um campinho de futebol, quando percebeu que a luz já tinha tamanho bem maior, assustador. Passados alguns minutos, o objeto subiu, ganhou altura no céu e disparou no rumo do bairro de São Brás.

A senhora Ester Costa dos Santos, já falecida, que morava na avenida Ceará, próximo ao colégio Augusto Olímpio, chegou a relatar à imprensa de Belém ter visto duas luzes, naquela mesma noite, descendo do céu e fazendo voo rasante pelo bairro.

Laertis contou que, passado o susto, a pergunta era se a “nave” que havia aparecido havia pousado sobre a área do Utinga, onde ficam os reservatórios dos igarapés Bolha e Água Preta, que fornecem água à população de Belém e Região Metropolitana.

“Não caiu, desceu do céu”, disse Laertis, narrando  que fizeram uma fogueira para ver se conseguiam alguma claridade no local, enquanto tentavam saber se a nave que subira e voara para São Braz havia deixado alguma coisa nas águas do Utinga. O temor era de que ela voltasse.

Mas a noite ainda reservava para o pequeno grupo outra surpresa que, como disse brincando Laertis, provocando risos na platéia, quase o fez “fazer necessidade” nas calças. Em dado momento, alguém do grupo gritou que tinha algo na água, se movendo. “O medo da floresta era tão grande e nós sabíamos que a cobra sucuri costumava aparecer no Utinga, eu pensei: é sucuri e ela vai nos matar”.

Estranhos cilindros

Laertis Luz falou sobre o episódio ocorrido em setembro de 1979: luzes apavorantes que desceram sobre as matas do utinga e teriam deixado estranhos cilindros, que depois sumiram – Foto: Divulgação

Ao focar a lanterna no local indicado por um amigo, ele narra o que viu: “tinha algo na água, mesmo, era uma coisa cilíndrica, de uns 1,20 ou 1,30 metro de altura, muito semelhante a um balão de oxigênio de hospital e tinha uma cor meio escura, ou marrom. A claridade que o objeto reluzia era da fogueira que a gente tinha feito”.

Eu disse: “gente, é sucuri”, relatou Laertis. Os amigos ficaram apavorados e juntaram-se mais próximos, uns dos outros. Laertis mudou de posição o foco da lanterna e percebeu que havia mais dois objetos, um deles, mais próximo da beira do igarapé, a uns dois metros da área. Os amigos passaram a tentar uma comunicação, perguntando quem era e o que queriam ali.

De acordo com o palestrante, ele também gritou para aquilo que se movia se tinha visto a bola que viera do céu, enquanto notava que um objeto permanecia imóvel e o outro se mexia. A esta altura, alguns amigos correram para longe do local. Laertis focou de um ângulo melhor e constatou que, sem dúvida, era mesmo um cilindro.

“Não tinha cabeça, não tinha braço ou perna”, definiu. E continua: “aquilo era da nave que havia partido”. Com esse pensamento, ele decidiu que não iria mais ficar no local e também começou a correr, como os amigos já tinham feito. Laertis garante que aqueles cilindros  tinham relação direta com o objeto que veio do céu.

No dia seguinte ao avistamento e diante dos comentários e publicações da imprensa, quem apareceu no Conjunto do Basa foi o general e pesquisador da ufologia, Moacir Uchoa, que tinha vindo de Brasília para Belém, com uma equipe da Rede Globo de Televisão, do programa “Globo Repórter”, para ouvir pessoas ligadas às aparições em Colares e na Baía do Sol, durante a Operação Prato.

Laerte narrou ao general o que ele e os amigos tinham visto e no final da visita recebeu de Uchoa um exemplar do livro dele, intitulado “Mergulho no Hiperespaço”. O general se despediu dizendo ao então jovem Laertis Luz que não se assustasse com o que vira.

Os cilindros do Utinga nunca foram encontrados. E não estavam mais no local onde foram vistos.

Fonte: Portal Ver-O-Fato

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