
Nesta entrevista ao Portal O POVO AMAZONENSE, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, destaca que os 263 projetos aprovados e os R$ 6,9 bilhões em investimentos refletem o papel estratégico do Codam na Zona Franca de Manaus (ZFM), promovendo um desenvolvimento sustentável que integra economia e benefícios sociais. Os investimentos geram empregos qualificados e impulsionam a incorporação de inovações tecnológicas, aumentando a competitividade da indústria local e respeitando a preservação ambiental. Na entrevista, Nelson também elogia o papel do senador Eduardo Braga na manutenção das vantagens da Zona Franca na reforma tributária, promovendo equilíbrio entre indústria e comércio, fortalecendo a economia local e reduzindo desigualdades regionais.
O POVO AMAZONENSE – O CODAM encerrou 2024 com 263 projetos aprovados e R$ 6,9 bilhões em investimentos. Como esses números refletem o papel do Conselho no desenvolvimento regional?
Nelson Azevedo – Esses resultados confirmam que o CODAM é um dos principais pilares do modelo Zona Franca de Manaus. Eles mostram que a região continua sendo atrativa para investimentos, especialmente em setores que respeitam a sustentabilidade. Cada projeto aprovado é uma peça no mosaico do desenvolvimento que queremos: econômico, social e ambientalmente integrado.
OPA – Esses investimentos atendem às expectativas de gerar empregos e promover avanços tecnológicos na região?
NA – Sem dúvida. A cada reunião do CODAM, não se discutem apenas números, mas também estratégias para impulsionar a geração de empregos qualificados. Além disso, os projetos frequentemente incorporam inovações tecnológicas que aumentam a competitividade da nossa indústria, mantendo o foco no respeito à floresta em pé.
OPA – O senhor vê desafios para que esses recursos efetivamente cheguem à população local?
NA – Sim, desafios sempre existem. É preciso melhorar a logística, qualificar a mão de obra local e garantir que os benefícios sejam distribuídos de forma mais equitativa. É fundamental um diálogo constante entre o setor produtivo, os governos e a sociedade para alinhar expectativas e assegurar que os frutos desses investimentos sejam compartilhados por todos.
OPA – Como esses projetos podem influenciar a COP30, que será realizada em Belém?
NA – Esses números reforçam o discurso de que a Amazônia pode e deve ser protagonista na agenda global de sustentabilidade. Eles mostram que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. Durante a COP30, a Zona Franca de Manaus e o CODAM terão a oportunidade de mostrar ao mundo que nossa região é um exemplo prático de economia verde.
OPA – Quais expectativas o senhor tem para 2025 no contexto do CODAM e do desenvolvimento regional?
NA – Espero que os avanços se intensifiquem, com mais projetos aprovados, mais empregos gerados e maior impacto positivo na vida dos amazônidas. Além disso, acredito que, com a visibilidade da COP30, poderemos atrair novos investimentos e consolidar a Amazônia como um modelo de sustentabilidade e inovação.
OPA – Na sua visão, como a atuação do senador Eduardo Braga no contexto da reforma tributária fortalece o desenvolvimento sustentável da Amazônia e contribui para a preservação das vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus?
NA – O senador Eduardo Braga, pensando no Brasil e em nossa região, demonstrou mais uma vez seu compromisso com a Amazônia ao proteger as bases econômicas que sustentam nossa região na reforma tributária Ele garantiu que a Zona Franca de Manaus permanecesse competitiva, preservando nossas vantagens comparativas. Além disso, seu trabalho mostra que é possível alinhar crescimento econômico com redução de desigualdades regionais, um equilíbrio essencial para o futuro sustentável da Amazônia.
OPA – Com relação ao senador Braga, que pontos você destacaria como mais importantes para a proteção econômica e social de uma região tão vulnerável quanto a Amazônia Ocidental?
NA – A defesa da Amazônia Ocidental como região prioritária nas políticas fiscais foi um dos grandes méritos do senador. Ele assegurou que a Constituição fosse respeitada, garantindo as compensações fiscais que sustentam nossa economia. Isso é crucial em uma região remota, com infraestrutura ainda limitada. Sem essas vantagens, a Zona Franca e, por consequência, milhares de empregos estariam em risco.
OPA – Eduardo Braga garantiu uma abordagem inclusiva ao atender tanto às demandas do setor industrial quanto às necessidades do comércio, segmento que mais gera empregos na região. Qual a importância disso para o fortalecimento da economia local?
NA – É uma visão estratégica fundamental. O comércio é a base do sustento de muitas famílias e o setor que mais emprega em nossa região. Ao incluir as demandas do comércio na reforma tributária, o senador Braga assegurou que o tecido social da Amazônia não fosse fragilizado. Isso reforça a sustentabilidade econômica local, fortalecendo tanto as grandes indústrias quanto os pequenos comerciantes.
OPA – O senador destacou a reforma tributária como o maior avanço fiscal da história da República no combate às desigualdades regionais. Na sua opinião, como essas mudanças podem transformar o cenário socioeconômico da Amazônia a curto e longo prazo?
NA – A curto prazo, vemos a continuidade da atratividade de investimentos para a Zona Franca de Manaus, que se traduz em manutenção de empregos e dinamismo econômico. No longo prazo, as medidas consolidadas pela reforma tributária podem ser um divisor de águas para a Amazônia, promovendo maior integração ao desenvolvimento nacional, com redução das desigualdades e avanços em infraestrutura e inovação.